RJ: Bombeiro é preso por suspeita de obstruir investigação de caso Marielle

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2020 07h34 - Atualizado em 10/06/2020 07h53
marielle franco falando em um microfone. Mulher negra de cabelos crespos castanhos e batom preto, com camisa rosa e casaco vermelho e azul Marielle foi assassinada em 14 de 2018

Maxwell Simões Corrêa, conhecido como ‘Suel’, foi preso nesta quarta-feira (10) sob a suspeita de obstruir as investigações dos assassinatos de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

O sargento do Corpo de Bombeiros é acusado de ocultar as armas utilizadas no crime. Ele foi detido em sua casa, uma mansão que faz parte de condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Seu carro, uma BMW X6, foi apreendido.

De acordo com o Ministério Público do RJ, o bombeiro “atrapalhou de maneira deliberada” a atuação da investigação do crime. A ação policial de hoje ainda cumpre mandados de busca e apreensão na cidade do Rio contra outros quatro investigados além de Suel.

Segundo a força-tarefa, Maxwell é o braço direito de Ronnie Lessa, policial militar reformado que foi preso após ser apontado como autor dos treze disparos que vitimaram Marielle e Anderson.

O caso

Marielle e Anderson foram mortos em 14 de março de 2018. O crime ocorreu no cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I, pouco mais de um quilômetro distante da casa de Marielle. Um carro emparelhou com o chevrolet Agile da vereadora e vários tiros foram disparados contra o banco de trás, justamente onde estava Marielle. Treze disparos atingiram o carro.

Quatro tiros atingiram a cabeça da parlamentar. Apesar dos disparos terem sido feitos contra o vidro traseiro, três deles, por causa da trajetória dos projéteis, chegaram até a frente do carro e perfuraram as costas do motorista Anderson Gomes. Os dois morreram ainda no local.

A única sobrevivente foi uma assessora de Marielle. O carro ou os carros usados no crime — acredita-se que tenham sido dois — deixaram o local sem que os autores do homicídio pudessem ser identificados, pois as câmeras de trânsito que existem na região estavam desligadas.

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