Roberto Carmona, jornalista esportivo e lenda do rádio, morre aos 86 anos

Repórter havia acabado de passar por uma cirurgia na coluna e foi vítima de uma infecção

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2022 17h45 - Atualizado em 04/09/2022 18h33
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Reprodução/Twitter/@Corinthians roberto carmona morte (1) Jornalista Roberto Carmona morreu aos 86 anos

O jornalista esportivo Roberto Carmona morreu na madrugada deste domingo, 4. De acordo com o jornalista Flávio Ricco, do Portal R7, ele tinha acabado de passar pro uma cirurgia na coluna e foi vítima d euma infecção. Aos 86 anos, ele era um dos repórteres esportivos com maior experiência no país. A morte de Carmona foi confirmada pela Transamérica. “Notícia triste. Morre a voz marcante da Transamérica, Roberto Carmona, uma lenda do jornalismo esportivo e da história do rádio”, escreveram no Twitter. “Lamentamos com profunda tristeza a perda do nosso amigo, comentarista, repórter e um ícone das nossas transmissões. Deixamos aqui nossa solidariedade aos familiares, amigos, fãs e admiradores de Roberto Carmona”, acrescentaram. Carmona deixa quatro filhos e oito netos.

Em sua trajetória profissional, ele passou por grandes rádios nacionais, incluindo a Jovem Pan. Ele também trabalhou na Record, Bandeirantes, Gazeta e Excelsior, e nos últimos anos, Carmona trabalhava como repórter na Rádio Transamérica. Carmona nasceu no interior de São Paulo, em Presidente Bernardes, mas se mudou para o Paraná aos três anos, onde encontrou um das paixões da sua vida: o Athletico Paranaense. A história dele é contada no livro “O Senhor do Rádio: A fantástica história de Roberto Carmona, o repórter que viveu os anos dourados do rádio esportivo brasileiro” , escrito por Cristiano Silva e publicado neste ano pela editora Kelps. Apesar de ser considerado uma lenda do rádio e referência no jornalista esportivo, em 2013, quando completou 50 anos na profissão e foi laureado com o Troféu Ford Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) e recebeu o prêmio especial do júri da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), ele declarou que ingressou na profissão por acaso. “O gerente da rádio se desesperou e alguém sugeriu que ele chamasse a mim e meu amigo para narrar”, relatou em entrevista ao Portal dos Jornalistas. “Assim comecei. Depois pedi para o meu amigo narrar o jogo sozinho, porque eu queria ser repórter”, completou.

A morte do jornalista repercutiu nas redes sociais e foi lamentada por colegas de profissão. “Grande Carmona, exemplo de longevidade, determinação, dedicação e educação”, escreveu Milton Neves. “O domingo acabou com a morte do colega Roberto Carmona”, declarou o narrador Silvio Luiz. “No rádio era imbatível e como colega um cara incrível, sempre com uma palavra de apoio aos mais jovens”, homenageou André Herman. “Um dos dias mais tristes da minha vida. Partiu Roberto Carmona. Um exemplo na vida e na profissão. Como será agora viver sem um cara como ele ?”, postou José Calil. “A notícia da morte de Roberto Carmona acabou com o meu domingo. Um grande abraço à família Carmona”, escreveu o jornalista André Henning. Por meio de sua conta no Twitter, o Corinthians também deixou o seu recado: “Ao longo de mais de 50 anos de carreira, contou com brilhantismo muitos momentos de nossa história”.

 

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