Salles: Ajuda para Amazônia é ‘bem-vinda’ desde que não seja ‘condicionada’

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2019 13h38
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo Ministro disse que Brasil precisa gerir recursos como achar melhor

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou, nesta segunda-feira (26), que a ajuda oferecida por outras nações para o combate às queimadas da Amazônia no Brasil é “bem-vinda”, mas que não pode ter um destino pré-definido por esses países. Em entrevista ao programa Pânico, ele disse que o Brasil é um país “soberano” e deve tomar suas próprias decisões.

“Há uma distinção entre aceitar ajuda, que é super bem-vinda, e aceitar ajuda condicionada, direcionada. ‘Eu te ajudo, mas você vai fazer o que eu quero’. Aí não. O Brasil é autônomo, soberano, se quiserem nos ajudar para que a gente dê mais reforço para as medidas que estão sendo tomadas, ótimo, mas receber coisa condicionada, aí não”, declarou.

Como exemplo, Salles usou o Fundo Amazônia, que atualmente está com os recursos, vindos da Alemanha e da Noruega, suspenso. De acordo com ele, o governo quer que o Brasil passe a definir para onde essas doações irão. “Fundo não é doação? Doação ao Brasil, administrado pelo BNDES, que pertence ao Brasil. Quem vai gerir? Brasil. Não pode ter uma doação ‘eu te dou, mas quero que você faça isso’.”

“A regra de aplicação e gestão do fundo está em discussão, então é absolutamente normal que os doadores digam ‘olha, vou aguardar para ver que regras são aplicáveis para discutir se mantenho a doação ou não’. Não foram cancelados, foram suspensos. Quem falou cancelado é uma turma da imprensa que gosta de botar lenha na fogueira”, afirmou.

 

 

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