São Bernardo confirma nova morte suspeita por intoxicação de metanol, e total em SP chega a seis

Secretaria Estadual da Saúde contabiliza 25 casos, sendo 7 confirmados e 18 em investigação; operações recentes apreenderam 50 mil garrafas adulteradas e cerca de 15 milhões de selos falsificados

  • Por da Redação
  • 01/10/2025 14h09 - Atualizado em 01/10/2025 14h12
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Divulgação / Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo Fiscalização em bar na Mooca, zona leste de São Paulo, apreende garrafas de bebidas alcoólicas Fiscalização em bar na Mooca, zona leste de São Paulo, apreende garrafas de bebidas alcoólicas

Um homem de 49 anos morreu em casa, em São Bernardo do Campo (ABC Paulista), na noite de terça-feira (30), após suspeita de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol. A ocorrência ainda será analisada pela Secretaria Estadual da Saúde, mas ele é considerado a sexta vítima no estado. De acordo com a prefeitura, já foram registradas 13 notificações de casos suspeitos no município, sendo quatro mortes e nove internações. As vítimas têm entre 26 e 55 anos. Uma delas, uma mulher de 30 anos, está em estado grave na UTI do Hospital das Clínicas, sedada e submetida a hemodiálise.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, São Paulo contabiliza 25 casos de intoxicação por metanol, sendo 7 confirmados e 18 em investigação. Além do óbito em São Bernardo do Campo, há um outro, na capital, em que foi comprovada a ingestão de bebida adulterada. Outras quatro mortes estão em apuração (três em São Paulo e uma em São Bernardo).

Para conter o avanço dos casos, bares e depósitos de bebidas estão sendo interditados em ações conjuntas da Vigilância Sanitária municipal e estadual. Só na capital, mais de 100 garrafas foram apreendidas nesta semana. O governador Tarcísio de Freitas afirmou que operações recentes apreenderam 50 mil garrafas adulteradas e cerca de 15 milhões de selos falsificados. Ele defendeu reforço nacional na fiscalização. “Há de fato um problema estrutural que não é só de São Paulo, mas do Brasil. Temos que pensar como diminuir a incidência dessas bebidas adulteradas e clandestinas.”

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou que a Polícia Federal abriu investigação para rastrear a origem do metanol usado nos falsificadores. Segundo ele, há indícios de que a rede de distribuição da substância atue também em outros estados.

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Risco à saúde

O metanol é um álcool industrial altamente tóxico. Além do fígado, pode causar danos ao sistema nervoso central, afetar o nervo óptico (levando à cegueira) e provocar a morte. Os sintomas iniciais se confundem com os de uma ressaca, como dor de cabeça, tontura, náusea e fraqueza. As autoridades de saúde orientam a população a evitar consumo de bebidas de origem duvidosa e denunciar locais que vendam produtos adulterados.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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