São Paulo é campeão em roubos e furtos de celulares
O Estado paulista tem quase cinco vezes mais registros que o segundo colocado no ranking que é o Ceará; mas os números de registros no país em média caíram devido a pandemia da Covid
É muito difícil encontrar um paulista que não conheça ao menos uma pessoa cujo celular foi furtado ou roubado. E isso tem uma explicação: São Paulo é o campeão de roubos e furtos de aparelhos, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, recentemente publicado. No ano passado, o Estado concentrou 289.461 registros. A segunda região com maior número, Ceará, está bem atrás, com quase cinco vezes menos registros, 60.814, e em terceiro, Minas Gerais, 47.754. “Sempre incluímos uma novidade no anuário. Essa foi a primeira edição que reunimos os índices de furto e roubo de celulares”, diz David Marques, coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mais do que concentrar os dados, o documento tem o objetivo de analisar, entender as mudanças nos tipos de crimes, e orientar novas políticas de segurança pública.
Apesar de tantas reclamações e notícias sobre o assunto, esse número já foi maior. Em 2018, chegou a 369.630 só em São Paulo. A diferença calculada até 2021 resulta em uma diminuição de 23,3% nas estatísticas de roubo e furtos de celulares. “Essa queda está diretamente ligada à pandemia da Covid-19, quando as pessoas passaram a circular menos nas ruas”, explica Marques. Em média, as estatísticas desse tipo de crime diminuiu 22,8% em todo país. Há outras variáveis que devem ser levadas em conta para se entender os números do anuário. É o caso do Rio Grande do Norte que, em 2018, tinha 456 ocorrências, mas pulou para 10.091 no ano passado. “Esse aumento também é explicado pela melhoria na qualidade da informação”, diz Marques. Não quer dizer que os roubos e furtos aumentaram em 2.062%, mas , sim, os registros dos crimes. Em outras palavras: diminuiu a subnotificação. Veja abaixo a variação dos registros nos Estados nos últimos três anos.
Aumentou
Subiu os número no Acre (37,5%), Alagoas (9%), DF (4,9%), Ceará (4,9%), Goiás (9,4%), Mato Grosso (25%), Pará (51,1%), Piauí (39,2%), Rio Grande do Norte (2.062%) e Roraima (67%).
Recuou
As seguintes regiões tiveram variações para baixo: Tocantins (-45,3%), São Paulo (-23,6%), Rondonia (-26,1%), Rio Grande do Sul (-25,3%), Rio de Janeiro (-32,8%), , Paraná (-43,8%), Piaui (-20%), Paraiba (43,7%), Minas Gerais (-52,8%), Mato Grosso do Sul (-44,8%), Goiás (-34,7%), Espírito Santo (37,8%) , DF (-37,8%), Bahia (-44,5%), Amazonas (-5,6%).
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