São Paulo registra queda de 39% da mortalidade por Aids na última década
Apesar da diminuição expressiva, 5 pessoas ainda morrem por dia no estado em decorrência da doença
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo revelou nesta terça-feira, 1º, dados inéditos sobre a incidência da Aids em São Paulo na última década. O estado registou uma queda de 29% na mortalidade por Aids e de 33% na incidência de casos da doença, passando de 20,5 casos por 100 mil habitantes em 2010 para 13,7 no ano passado. Segundo a secretaria, em 2019, São Paulo registrou 1.840 óbitos. Em 2010, foram 3.023 mortes. Apesar da diminuição expressiva, 5 pessoas ainda morrem por dia no estado em decorrência da doença. O governo do estado atrela o resultado ao acesso a tratamento antirretroviral, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Estas quedas de mortes e infecções são uma grande conquista para São Paulo e evidenciam o êxito do trabalho do Programa Estadual de IST/Aids. Precisamos avançar, garantir equidade no acesso à saúde, e propagar a mensagem da prevenção e do autocuidado, com testes periódicos. O diagnóstico é uma forma de garantir tratamento adequado e, ainda, proteger outras pessoas”, disse o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn. Os dados mostram que a incidência entre homens continua maior do que na população feminina. Entre o sexo masculino, a taxa passou de 28,5 para 21,7 por 100 mil. Entre as mulheres, de 13,0 para 6,2 por 100 mil mulheres. Em relação à idade, os jovens continuam sendo os mais afetados e a taxa de incidência aumentou nesta faixa etária. Os homens entre 15 a 19 anos viram a taxa passar de 2,9 em 2010 para 5,2 por 100 mil até 2019. Na faixa de 20 a 24 anos, o salto foi de 25,4 para 34,9 por 100 mil homens no mesmo período.
Sobre o vírus causador da Aids, o HIV, a secretária explica que “a taxa de detecção do HIV em 2019 caiu 26% em relação ao ano de pico de infecções, que foi 2016”. Mas em relação a 2010, houve um aumento de 5,5 para 19,4 casos por 100 mil habitantes por ano. A Saúde ressalta que o vírus pode ser passado por relações sexuais desprotegidas, por transmissão vertical da mãe para o feto, além do compartilhamento de seringas e agulhas. É importante usar camisinha durante toda a relação sexual. O Programa Estadual IST/Aids-SP disponibiliza tratamento e testes para diagnóstico precoce.
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