Moraes prorroga prisão de Sara Winter por mais 5 dias

Militante foi detida nesta semana no âmbito de inquérito que apura atos antidemocráticos

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2020 16h17 - Atualizado em 19/06/2020 16h28
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Redes Sociais Sara é uma das líderes do grupo autodenominado 300 do Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou nesta sexta-feira, 19, por mais cinco dias a prisão da militante Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, detida esta semana no âmbito de um inquérito sobre atos antidemocráticos. O mandato tinha a duração inicial de cinco dias. A informação é do portal G1.

Uma das líderes do grupo autodenominado 300 do Brasil, Sara foi presa temporariamente na segunda-feira, 15, pela Polícia Federal (PF), por ordem de Moraes e a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A ministra Cármen Lúcia, também do STF, negou ontem à noite um habeas corpus pedido pela defesa de Sara.

Prisão

Outras cinco pessoas também foram presas na mesma operação. O objetivo, de acordo com nota divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF), é apurar o esquema de financiamento e de organização de atos de rua com o objetivo de atacar as instituições democráticas.

A abertura desse inquérito foi autorizada em abril pelo STF, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para apurar possível violação à Lei de Segurança Nacional depois que manifestantes levantaram faixas pedindo a intervenção militar e o fechamento de instituições democráticas durante ato em apoio a Bolsonaro em Brasília e outras cidades do país. Uma das linhas de investigação apura o envolvimento de parlamentares.

Sara também já foi alvo, na semana passada, de mandado de busca e apreensão no chamado inquérito das fake news, que tramita no Supremo sob a mesma relatoria de Alexandre de Moraes e apura ameaças e difamações proferidas contra os ministros da Corte nas redes sociais.

Após ter o celular e o computador apreendidos, Sara publicou um vídeo nas redes sociais em que diz que gostaria de “trocar socos” com o ministro. Em decorrência dessas declarações, a militante foi denunciada pela Procuradoria da República do Distrito Federal (PRDF) pelos crimes de injúria e ameaça.

A defesa de Sara Winter alega que ela é alvo de perseguição política e que as manifestação da militante estão protegidas pelo direito constitucional à liberdade de expressão.

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