Secretaria da Saúde anuncia terceiro caso de varíola dos macacos em SP

Com mais dois pacientes infectados, um no Rio de Janeiro e outro no Rio Grande do Sul, já somam cinco os brasileiros notificados que desenvolveram a doença

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2022 19h14 - Atualizado em 15/06/2022 19h40
Isaac Fontana/CJPress/Estadão Conteúdo Fachada do Emílio Ribas, com uma profissional da saúde vestida à caráter passando pelo local Terceiro caso confirmado está internado no Instituto Emílio Ribas

O Instituto Adolfo Lutz confirmou nesta quarta-feira, 15, o terceiro caso de varíola dos macacos no Estado de São Paulo. O paciente de 31 anos mora na capital e está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, ele apresenta um bom quadro clínico. Assim como os demais pacientes, o homem tem histórico de viagem à Europa. No total, são cinco os casos confirmados no Brasil: os outros dois foram registrados no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

A doença é causada pelo vírus mokeypox, mas, apesar do nome, não é transmitida pelo macaco. A denominação foi feita porque o quadro foi observado pela primeira vez entre esses animais. Trata-se de uma virose viral, que migrou para os humanos, parecida com a varíola tradicional, mas considerada menos grave. Os dois primeiros casos em São Paulo foram confirmado, respectivamente, nos dias 9 e 11 de junho. De acordo com o balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 5 de junho, ao menos 780 casos da doença foram registrados em todo o mundo – de acordo com a entidade, não houve mortes relatadas. A organização também afirma que não há recomendação de uso de vacina da varíola para casos de varíola dos macacos.

OMS investiga a possibilidade de transmissão sexual 

A OMS também investiga relatos de que o vírus está presente no sêmen de pacientes, o que abriria a possibilidade de a doença ser sexualmente transmissível. A gerente de incidentes de varíola dos macacos da organização na Europa, Catherine Smallwood, ressaltou, no entanto que a transmissão está mais associada “ao contato pele a pele”. “Isso [a presença do vírus no sêmen] pode ter sido algo que desconhecíamos nesta doença”, disse em coletiva de imprensa. “Nós realmente precisamos nos concentrar no modo de transmissão mais frequente e vemos claramente que isso está associado ao contato pele a pele”, acrescentou.

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.