Sem abrir espaço para debate, Maia encerra sessão na Câmara após denúncia de gravação

  • 17/05/2017 20h29
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Rovena Rosa/Agência Brasil Rodrigo Maia - ag. Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados encerrou os trabalhos da casa nesta quarta-feira após a divulgação de que o presidente Michel Temer foi gravado pelo dono da JBS.

“Não tem mais clima para trabalhar. Só isso”, afirmou Maia, ao deixar o plenário. Na saída, o presidente da Câmara bateu boca com o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). Molon pediu a Maia que deixasse a sessão de debates abertas, para que a oposição pudesse se manifestar contra o presidente Temer, pedido negado por Maia. “Tem de ver primeiro o que é”, afirmou Maia quando entrava no carro oficial. Ele negou que estivesse indo ao Palácio do Planalto.

No momento, o Plenário da Câmara dos Deputados votava a Medida Provisória 755/16, que inclui novos casos de repasse de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) a estados e municípios, independentemente de convênio.

A informação foi divulgada pelo colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim. No áudio, o empresário Joesley Batista informa ao presidente da República que estava pagando a Cunha e ao operador Lúcio Funaro, dentro da prisão, um valor para evitar que eles fizessem delação premiada. Michel Temer teria dito: “tem que manter isso, viu?”.

Maia encerrou os trabalhos e convocou sessão não deliberativa para esta quinta-feira (18), às 14 horas

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