Serra vê ação da PF como ‘abusiva’ e reforça que ‘jamais recebeu vantagens indevidas’
Senador é alvo da Operação Paralelo 23, que apura suposto caixa dois em campanha de 2014
O senador José Serra se disse surpreendido com a operação de busca e apreensão, classificada por ele como “abusiva”, em seus endereços em ação do Ministério Público de SP e da Polícia Federal. Em nota, a defesa do parlamentar afirmou que a investigação é “baseada em fatos antigos”e que ele não foi ouvido. Serra lamentou “a espetacularização que tem permeado ações deste tipo no país, reforça que jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos. Importante reforçar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.”
A defesa do senador ainda aproveitou para dizer que ele “mantém sua confiança no Poder Judiciário e espera que esse caso seja esclarecido da melhor forma possível, para evitar que prosperem acusações falsas que atinjam sua honra.”
A Operação Paralelo 23, do Ministério Público de SP e da Polícia Federal, foi deflagrada nesta terça-feira (21). A ação apura suposto caixa dois na campanha de José Serra (PSDB) ao Senado em 2014. Há algumas semanas ele já havia sido alvo em investigação sobre irregularidades em sua gestão no governo de São Paulo no âmbito da Lava Jato. Desta vez, o parlamentar é suspeito de receber 5 milhões de reais não contabilizados. São cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Itatiba e Itu. O juiz da 1ª Zona Eleitoral também determinou o bloqueio judicial de contas bancárias dos investigados. A mesma operação prendeu José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, grupo que comercializa e administra planos de saúde.
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