Sistema de monitoramento da Funai protege terras indígenas da Amazônia

Plataforma desempenha um papel importante na prevenção de atividades como desmatamento, degradação ambiental, incêndios florestais e ocupações ilegais

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2024 14h05 - Atualizado em 19/04/2024 14h05
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Bruno Kelly/Amazonia Real - 28/11/2018 Terra Indígena Vale do Javari está na jurisdição de quatro municípios do Amazonas Terra Indígena Vale do Javari está na jurisdição de quatro municípios do Amazonas

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) opera um sistema de vigilância conectado ao satélite Landsat-8, localizado em Brasília. Esse sistema monitora aproximadamente 600 terras indígenas na Amazônia Legal, abrangendo uma área extensa de 1.086.950 km², onde vivem 867,9 mil indígenas. O Centro de Monitoramento Remoto (CMR) da Funai desempenha um papel importante na prevenção de atividades como desmatamento, degradação ambiental, incêndios florestais e ocupações ilegais. Além disso, tem sido utilizado para ações como a retirada de intrusos em áreas críticas. A presidente da Funai, Joenia Wapichana, afirma que o CMR agiliza as decisões e reduz o tempo de intervenções em campo, contribuindo para a proteção do território indígena e a preservação da biodiversidade.

“Considerando a dimensão das terras indígenas, o CMR tem sido capaz de proporcionar maior efetividade da política pública, com tomadas de decisões mais rápidas, assertivas e de menor custo para o Estado, sobretudo no planejamento e nas ações de segurança. Uma incursão que antes durava 30 dias, atualmente conseguimos efetivá-la em 15″, disse Wapichana. “Neste dia dos Povos Indígenas, 19 de abril, precisamos chamar atenção para a proteção dos territórios indígenas. Proteger as TIs é proteger a humanidade. Devido aos modos tradicionais de vida, essas terras são as mais conservadas, em comparação com qualquer outro tipo de ocupação do solo.”

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O CMR foi estruturado e mantido nos últimos nove anos pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte. O sistema utiliza dados de diversas fontes públicas em todo o país, criando uma rede integrada de informações. Isso permite uma abordagem coordenada na proteção das terras indígenas, com colaboração de instituições como Incra, Ibama, polícias e órgãos ambientais estaduais. A plataforma é interativa, contribuindo para a preservação dos territórios indígenas e o trabalho de segurança realizado pela Funai e seus parceiros.

 

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