Sobe para 126 o número de mortos em Pernambuco; buscas continuam
Ainda há duas pessoas desaparecidas; número de desabrigados chega a 9.302; pessoas estão distribuídas em 111 instituições por 27 municípios
Sobe para 126 o número de mortos no Estado de Pernambuco em decorrência de enxurradas e deslizamentos de terra, provocados por fortes chuvas nos últimos dias. A equipe de reportagem da Jovem Pan apurou com o Corpo de Bombeiros que mais dois corpos foram encontrados, um deles por volta das 22h30 da última quarta-feira, 1º de junho, em Vila dos Milagres, no bairro do Ibura, no Recife, e o outro na manhã desta quinta-feira, 2, no bairro do Curado IV, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os dois corpos encontrados elevaram o número de mortos para 122. Na sequência, nesta quinta, segundo a Defesa Civil, outras quatro vítimas dos temporais também foram incorporadas às estatísticas após investigação social no Instituto Médico Legal (IML). A Defesa Civil do Estado ainda informou que as outras duas pessoas desaparecidas continuam sendo procuradas, uma delas na comunidade do Areeiro, em Camaragibe, e a outra, um homem que foi arrastado pela enxurrada em Paratibe, em Paulista, ambos os municípios na RMR.
O número de pessoas desabrigadas também subiu, atingindo a marca de 9.302. O montante de pessoas está distribuído em 111 instituições por 27 municípios. Ao todo, 31 cidades decretaram estado de emergência e 51 municópios tiveram algum tipo de prejuízo em consequência das chuvas. A previsão emitida nesta quinta-feira pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) indica tempo parcialmente nublado com chuva rápida de forma isolada ao longo do dia e em intensidade fraca na RMR, Mata Norte, Mata Sul e Agreste. Os dados divulgados até o momento já fazem desta a segunda maior tragédia da história de Pernambuco, atrás apenas da ocorrida em 1966, quando enchentes deixaram 166 mortos.
O estado de emergência foi decretado nos seguintes municípios: Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Macaparana, Moreno, Nazaré da Mata, Olinda, Paudalho, Paulista, Recife, São José da Coroa Grande, São Vicente Ferrer, Timbaúba, Abreu e Lima, Araçoiaba, Igarassu, Aliança, Glória do Goitá, Vicência, Bom Jardim, Limoeiro, Passira, São Lourenço da Mata, Pombos, Palmares, Sirinhaém, Lagoa do Carro, Tracunhaém, Chã Grande, Escada.
A Compesa atualizou a situação das barragens localizadas na RMR, Agreste e Mata Norte. Na região metropolitana da capital pernambucana, seis mananciais estão com capacidade máxima de acumulação e permanecem vertendo: Várzea do Una (São Lourenço da Mata), Duas Unas (Jaboatão dos Guararapes), Pirapama (Cabo de Santo Agostinho), Sicupema (Cabo de Santo Agostinho), Utinga (Ipojuca) e Bita (Ipojuca). Outras barragens importantes para a região continuam acumulando um bom nível de água, a exemplo de Botafogo, que chegou a 82,6% e Tapacurá, que atingiu 80,7%.
Na Mata Norte e no Agreste, onze mananciais atingiram a capacidade máxima de acumulação e estão vertendo: Inhúmas e Mundaú (Garanhuns), Santana II (Brejo da Madre de Deus), São Jacques (Lajedo), Pedra Fina (Bom Jardim), Pau Ferro (Quipapá), Siriji (Vicência), Caianinha (São Joaquim do Monte), Orá/Cursaí (Paudalho), Tiúma (Timbaúba) e Tabocas/Piaça (Belo Jardim). A barragem do Prata está com 75,58%; Jucazinho chegou a 15,92%; e Poço Fundo registra 17,28%.
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