Solo de mina da Braskem afunda mais 5,7 centímetros em 24 horas em Maceió

Em novo comunicado, Defesa Civil afirma que profundidade chega a 2,06 m; estado de alerta na capital alagoana segue vigente

  • Por da Redação
  • 08/12/2023 12h10 - Atualizado em 08/12/2023 12h40
Divulgação/Defesa Civil Rachaduras em área próxima da mina da Braskem aumentam no bairro do Mutange, em Maceió Rachaduras em área próxima da mina da Braskem aumentam no bairro do Mutange, em Maceió

A Defesa Civil de Maceió informou nesta sexta-feira, 8, que o solo sobre a mina da Braskem, no Mutange, afundou mais 5,7 cm nas últimas 24 horas. O afundamento é de 2,06m de profundidade, segundo nova atualização do órgão. Para lidar com essa situação, equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia, do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Mineração estão na capital alagoana realizando análises diárias com base nos dados sísmicos da área afetada. Segundo o relatório mais recente, os especialistas avaliam que o quadro de instabilidade geológica está em processo de acomodação e que há uma melhora diária. A Defesa Civil recomenda que a população evite transitar na área desocupada até que haja uma nova orientação do órgão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a preservação da vida é a principal preocupação do governo federal nesse momento. Medidas estão sendo discutidas para minimizar os impactos aos moradores e comerciantes locais. O Ministério de Minas e Energia tem mantido a Casa Civil da Presidência da República e outros órgãos informados sobre cada movimentação do solo em Maceió. A situação será passada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assim que chegar a Brasília.

Nesta quinta-feira, 7, a Defesa Civil registrou uma diminuição na velocidade do afundamento. Segundo o boletim, a velocidade passou para 0,25 cm/h, com um movimento de 6 cm nas últimas 24 horas. O deslocamento vertical acumulado da mina agora é de 1,99 metro. No dia 29 do mês passado, o nível de deslocamento vertical chegou a atingir 5 cm/h às 23h53. O nível de alerta na região, que enfrenta o risco iminente de colapso do solo da mina, foi mantido. Após uma reunião entre o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o governador de Alagoas, Paulo Dantas, a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que enviará uma equipe de advogados públicos da Procuradoria-Geral da União (PGU) para Maceió até a próxima terça-feira, 12. O objetivo é avaliar a possibilidade de repactuação dos acordos já firmados com a empresa Braskem, responsável pela extração de sal-gema que causou o risco de colapso da mina. A AGU informou que está em andamento a apuração dos fatos pela PGU. Um levantamento dos contratos anteriormente firmados com a Braskem está em curso. Considerando que a situação mudou desde a assinatura desses documentos, a AGU poderá propor aditivos aos contratos para garantir o ressarcimento dos danos causados aos afetados pela exploração do sal-gema.

 

 

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