SP anuncia dose de reforço da vacina em maiores de 18 anos a partir desta quinta-feira

Governo também reduziu de seis para cinco meses o intervalo para que pessoas que tenham completado o esquema vacinal possam receber a terceira aplicação

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2021 13h17 - Atualizado em 08/12/2021 14h05
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 06/10/2021 Pessoas usando máscara e atravessando a faixa de pedestre em São Paulo Poderão tomar a dose de reforço adultos que tenham completado o esquema vacinal há 5 meses

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 17, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em maiores de 18 anos a partir desta quinta-feira, 17. A gestão estadual também reduziu de seis para cinco meses o intervalo para que pessoas que tenham completado o esquema vacinal possam receber a nova dose. Até o momento, a medida era autorizada apenas para a população idosa, imunossuprimida e para profissionais da área da saúde. Agora, 710 mil pessoas estão elegíveis para receber a terceira aplicação. Durante a coletiva de imprensa, o governo estadual assegurou ter unidades suficientes para aplicar a dose de reforço na população adulta e seguir paralelamente oferecendo a primeira e a segunda dose dos imunizantes àqueles que ainda não se vacinaram.

A coordenadora-geral do Programa Estadual de Imunizações (PEI), Regiane de Paula, ressalta que o Ministério da Saúde também se comprometeu a enviar, para todas as unidades federativas no Brasil, a quantidade necessária para a aplicação do reforço. A coordenadora garante, inclusive, que a administração da dose de reforço não impactará o novo ciclo da vacinação, já que o cronograma do mesmo ainda não foi definido ou apresentado pelo Ministério da Saúde. “Essa é uma discussão que também estamos tendo com o Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde] e Conasems [Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde]. Nós precisamos entender esse novo ciclo, porque, com a dose de reforço, nós iremos até fevereiro para contemplar todo esse público de 18 anos ou mais. Então a gente acredita, olhado para o Plano Nacional de Imunização e para o PEI, que no final de março, mais provavelmente em abril, nós iremos recomeçar um novo clico”, explicou Regiane. No Estado de SP, será aplicado o imunizante que estiver disponível na Unidade Básica de Saúde, independentemente da marca da vacina utilizada nas primeiras doses.

O anúncio do governo de São Paulo segue a orientação do Ministério da Saúde, que ontem estendeu a terceira dose para a população adulta. A pasta ainda informou que uma segunda dose da vacina de dose única da Janssen será aplicada nos brasileiros para aumentar a proteção oferecida pelo imunizante. O secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, afirmou não saber quando São Paulo poderá seguir essa segunda recomendação do ministério, já que não há unidades suficientes da vacina da Johnson & Johnson no Estado. “Para que nós possamos realizar essa segunda dose da Janssen, nós precisamos ter esse quantitativo de doses a ser ofertado pelo ministério. Nós estamos aguardando, sim, para os próximos dias para que nós possamos, de forma adequada e responsável, proceder a proteção, a imunização, para essas pessoas”, apontou o secretário.

São Paulo tem quase 92% da população adulta com esquema vacinal completo

Nesta quarta-feira, São Paulo ultrapassou a marca de 75 milhões de doses aplicadas, sendo quase 38 milhões de primeiras doses e 32,4 milhões de segundas. Assim, 100,77% dos paulistanos com mais de 18 anos receberam pelo menos uma dose e 91,72% estão com o esquema vacinal completo. Em relação à população total, 84,26% estão com pelo menos uma aplicação e 72,85% com o esquema vacinal completo. Receberam a dose adicional 3,6 milhões de idosos, imunossuprimidos e trabalhadores da saúde. A taxa de ocupação dos leitos de UTI no Estado é de 22,51% e na Grande São Paulo é de 28,35%. Há 2.969 pacientes internados no Estado, sendo 1.212 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 1.484 em enfermaria. São Paulo registou um aumento de 46,8% no número de casos de Covid-19 na comparação com a semana epidemiológica anterior. Em relação às internações, houve uma queda de 4,6%. A taxa de óbitos se manteve estável. Segundo dados do governo, 56% dos 66 hospitais da rede estadual que atendiam a Covid-19 não tem mas pacientes internados com a doença.

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