SP e outras três capitais devem bater recorde na quinta, mas chuvas derrubam temperatura a partir da sexta
Chegada de frente fria ameniza onda de calor extremo que atinge o país desde a primeira semana de novembro; termômetros devem ultrapassar os 40ºC em Teresina, no Piauí
As cidades de São Paulo, Brasília, Goiânia e Teresina estão prestes a quebrar recordes de temperatura para o ano de 2023. De acordo com o Climatempo, os termômetros podem registrar temperaturas acima de 40ºC em várias partes do país. Segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros devem alcançar a marca dos 40ºC no Rio de Janeiro (RJ), em Cuiabá (MT) e em Boa Vista (RR) nesta quarta-feira, 15. A capital paulista deve registrar o terceiro recorde de temperatura apenas no mês de novembro. Na segunda-feira, 13, a marca atingiu 37,8°C e a previsão para esta quinta-feira é de que os termômetros alcancem os 38ºC – a média para a cidade nessa época do ano é de 26,9ºC. Em Brasília, no Distrito Federal, a temperatura também está acima do normal. A previsão é que chegue aos 36ºC, superando o recorde anterior de 34,8ºC. Já em Teresina, onde a média para novembro é de 36ºC, há chances dos termômetros ultrapassarem a marca dos 40ºC. O mesmo é previsto para Goiânia, que normalmente registra 31,1ºC nesta época. Além disso, os Estados do Amazonas, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiânia, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Maranhão e o Distrito Federal estão em alerta vermelho para altas temperaturas, de acordo com o Inmet.
No entanto, a tendência é que as temperaturas diminuam a partir de sexta-feira, 17, com a chegada de uma frente fria. A onda de calor será amenizada com as chuvas que devem atingir as regiões mais próximas do Sul do país, com as temperatura voltando para perto das médias históricas. No domingo, 19, por exemplo, a mínima prevista para São Paulo é de 19ºC, ante 25ºC de máxima. A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta para fortes pancadas de chuva entre sexta, 17, e domingo, 19, com possibilidade de raios, chuvas de granizo e rajadas de vento intensas. Nas áreas mais vulneráveis, há risco de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, enchentes e ocorrências relacionadas a descargas elétricas, vento forte e granizo. Na região Norte do país, o tempo pode continuar seco e sem chuvas. A explicação para o calor excessivo e fora de época está relacionada a alguns fatores, como o El Niño e o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos. A sensação térmica no Rio de Janeiro chegou a 58,5°C na terça-feira, 14, mas já houve chuva de granizo e queda de árvores nesta quarta-feira. A sensação térmica é uma estimativa calculada com base em valores de temperatura real, velocidade do vento e umidade relativa do ar.
Como a Jovem Pan mostrou, em razão da onda de calor, o Brasil bateu recorde de consumo de energia elétrica pelo segundo dia seguido. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), a demanda no Sistema Interligado Nacional (SIN) superou os 100 mil MW por volta das 13h30 (de Brasília) – o pico foi registrado às 14h20, quando a marca chegou a 101.475 MW. Para efeito de comparação, os números mostram um acréscimo de 16,8% na carga se considerada a demanda atendida nos primeiros dias deste mês. “A principal razão para este comportamento da carga é a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil”, citou o ONS, em nota. Ainda conforme dados do órgão, no momento em que o recorde de consumo foi computado, o atendimento à carga era feito por 60.095 MW de geração hidráulica (59,8%), 19.766 MW de geração solar (19,6%), 11.601 MW de geração térmica (11,5%) e 9.511 MW de geração eólica (9,5%).
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