Substituta de Moro, juíza Gabriela Hardt nega novo interrogatório a ex-gerente da Petrobras
A juíza federal Gabriela Hardt negou nesta terça-feira (6) um pedido para interrogar de novo o ex-gerente da Petrobras Mauricio de Oliveira Guedes. Para basear a solicitação, a defesa usou o artigo 399 do Código de Processo Penal, que indica que “o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença”.
O primeiro depoimento de Guedes havia sido prestado a Sérgio Moro, que deixou a Operação Lava Jato para ser ministro da Justiça no futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL). A mudança fez com que o advogado Bruno Rodrigues enviasse a petição à 13ª Vara Federal de Curitiba na segunda (5).
“Tendo em vista que o magistrado que realizou a instrução processual [Moro] não proferirá a sentença, requer-se, desde já, [que] seja realizado novo interrogatório, permitindo, assim, contato direto e pessoal com o juiz que julgará o presente caso penal”, afirmou Rodrigues.
Gabriela Hardt, que está temporariamente no comando dos processos da Lava Jato, indeferiu o pedido. Em despacho, ela indicou que o princípio pode sofrer exceções. “Os depoimentos foram todos gravados e estão à disposição desta julgadora, que irá analisá-los antes da prolação da sentença”, destacou a juíza.
Desvio de dinheiro da Petrobras
Maurício de Oliveira Guedes e mais oito pessoas são réus por supostos crimes de lavagem ou ocultação de bens. A ação penal investiga esquemas de corrupção em projetos da Petroquisa, um dos braços da Petrobras. Como gerente, Guedes esteve ligado à área de abastecimento da empresa.
No ano passado, ele chegou a ser preso. A acusação apontava que, entre 2003 e junho de 2016, ex-servidores públicos estiveram envolvidos em um esquema que desviou mais de R$ 150 milhões da estatal em inúmeras obras da área de Gás e Energia da companhia.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.