Tarcísio de Freitas visita escola alvo de ataque e anuncia contratação de 550 psicólogos e reforço da ronda escolar
Governador estava companhado dos secretários de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e de Educação, Renato Feder
O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) visitou a Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro da Vila Sônia, na zona sul da capital, que foi alvo de atentado há duas semanas. A visita aconteceu na manhã desta quinta-feira, 13, e, durante a ida à unidade de ensino, Tarcísio anunciou novidades voltadas à prevenção de novos ataques nas escolas. Conforme a Jovem Pan antecipou, o pacote de medidas do governo paulista incluem a contratação de psicólogos e o reforço da segurança nas escolas com vigilantes. Segundo o governador, a primeira medida está no âmbito da saúde mental e inclui a contratação de psicólogos para analisar os alunos das escolas. “Primeiro ponto: saúde mental. A gente vai contratar 550 psicólogos, de maneira que um psicólogo atue em pelo menos 10 escolas e possa fazer uma visita por semana em cada uma. Eventualmente, uma escola vai precisar de mais de uma visita, mas a gente quer perceber aquele aluno que tem um problema e encaminhá-lo ao melhor tratamento. […] Queremos perceber o que está acontecendo na casa do aluno e construir o melhor ambiente escolar”, disse Tarcísio.
Em seguida, o mandatário também informou que sua gestão contratará vigilantes privados e reforçará a ronda escolar. “Segunda questão é a contratação da vigilância privada. Podem me perguntar: ‘Mas porque não um policial?’. A gente entende que um vigilante ele estará ali todo dia. Não é o cara que vai estar um dia e no outro não. Queremos a criação de vínculo, que ele conheça o aluno pelo nomes. […] Ao mesmo tempo, nós vamos reforçar a segurança escolar com o nosso efetivo. A ronda escolar vai ser reforçada, teremos mais patrulhamento e outras unidades se engajando no patrulhamento escolar”, afirmou o governador. Antes de anunciar as novidades, Tarcísio, ao lado do secretário de Educação, Renato Feder, e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, lamentou a situação e dizendo que vai buscar ouvir os professores e profissionais da área para construir uma solução para os problemas.
“Se vocês perguntarem se sabemos exatamente o que fazer, eu vou dizer ‘não’. A gente tem modelo para isso? Não. A gente vai construir, ouvir os professores e tentar. Talvez a gente erre, talvez a gente acerte. O que a gente veio dizer para os profissionais é o nosso muito obrigado. Dizer para eles: ‘Nós estamos juntos e reconhecemos o esforço que estão fazendo’. Reconhecemos a superação de cada um. Estamos aqui reconhecendo esse esforço. A gente quer dar tranquilidade para os pais e não vamos descansar enquanto não proporcionarmos o resgate, o ambiente escolar seguro e superarmos essa onda de violência, de ódio e de intolerância”, afirmou Tarcísio. O ataque à escola aconteceu no dia 27 de março, quando um aluno de 13 anos invadiu a instituição e atacou professores e alunos, matando a professora Elisabete Tenreiro, 71. Ele foi imobilizado e desarmado por outras docentes. As aulas foram suspensas e estão sendo retomadas gradativamente.
Prefeitura adota ações similares
Também nesta quinta-feira, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação, anunciou um conjunto de medidas similar para ampliar a proteção nas escolas. Entre as medidas está a criação do Comitê de Proteção Escolar, com a participação de sete secretarias; o estabelecimento de um protocolo integrado de orientação às unidades escolares, e saúde, assistência social e segurança urbana; aumento de 50% da Ronda Escolar e de 25% das equipes de apoio psicológico às unidades escolares; e a ampliação do programa programa Mães Guardiãs para Integração entre comunidade e Poder Público. Outra ação anunciada foi a criação e instalação de um “Botão de Alerta” em mais de 8 mil unidades escolares – municipais, estaduais e particulares. Segundo a administração municipal, o botão será conectado à Guarda Civil Metropolitana. “Os servidores podem acioná-lo a qualquer situação de violência ou emergência dentro da escola. Imediatamente viaturas [da GCM, Polícia Militar e do SAMU] serão enviadas à unidade”, diz apresentação da Prefeitura. A previsão é que a instalação aconteça na próxima quinta-feira, 20.
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