Taxa de ocupação de UTIs na Grande SP aponta proximidade de colapso
Com 11,9 mil pessoas internadas por Covid-19 na rede pública paulista, a taxa de ocupação das UTIs da Grande São Paulo chegou neste domingo (24) a 91,8%, segundo valor mais alto desde que o índice começou a ser divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde. Antes disso, o cenário só havia sido pior no 17 de maio, quando o porcentual de ocupação dos leitos de terapia intensiva foi de 92,2%.
O índice de ocupação dos leitos de UTI de todo o estado segue inferior ao observado na região metropolitana de São Paulo, mas bateu recorde neste domingo, mostrando o avanço da pandemia para o interior e o litoral. Hoje, 75,7% de todos os leitos de UTI da rede pública paulsita dedicados para pacientes com coronavírus estão ocupados.
Os dados, divulgados na tarde deste domingo pela Secretaria da Saúde, mostram ainda que, dos mais de 11 mil pacientes hospitalizados, 4.661 estão em UTIs. Especialistas vêm defendendo a necessidade de lockdown (bloqueio total) quando o sistema público chega a mais de 90% de ocupação dos leitos de terapia intensiva.
Até agora, no entanto, o governador João Doria vem adotando medidas alternativas ao bloqueio total, como a quarentena para comércios não essenciais e a antecipação do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 do dia 9 de Julho para esta segunda-feira, 26 de maio. Na próxima semana, após o feriado, Prefeitura e governo do estado devem anunciar as mudanças da atual quarentena, que acaba no próximo dia 31.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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