‘Têm de responder legalmente’, diz ministro da Educação sobre ato obsceno de estudantes

Alunos de medicina da Unisa foram filmados se masturbando em jogo de vôlei feminino; Camilo Santana disse que falou com o presidente sobre o episódio

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2023 14h11 - Atualizado em 19/09/2023 14h13
reprodução/Twitter/@Krubniki__ Masturbação coletiva

Em evento em São Paulo nesta terça-feira, 19, o ministro da Educação, Camilo Santana, classificou como “repugnante” o caso dos estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que foram filmados se masturbando em meio ao público durante um jogo de vôlei feminino. O ministro defendeu que, além de serem expulsos, eles respondam legalmente pelo episódio. Camilo disse que recebeu um telefonema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está nos Estados Unidos, para falar sobre o tema. O MEC notificou a universidade e deu prazo de 15 dias para que a instituição de ensino se manifeste sobre medidas tomadas. O episódio ocorreu em abril de 2023, mas só repercutiu em redes sociais nesta segunda-feira, 19. À noite, a Unisa anunciou que expulsou os alunos.

“É um episódio repugnante. É inaceitável esse comportamento de um jovem, principalmente dentro de uma universidade, que se pretende ser um médico, cuidar das pessoas. Não só repudiamos, como consideramos um fato inaceitável. Logo que tomei conhecimento determinei que o MEC tomasse todas medidas cabíveis”, disse Camilo Santana a jornalistas durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, organizado pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), em São Paulo. “Não só é importante a expulsão dos alunos, mas também que possam responder legalmente aos fatos ocorridos. Não podemos imaginar um jovem com esse tipo de atitude, principalmente um jovem que pretende ser médico.”

A Polícia Civil de São Paulo investiga o caso, que deve ser tipificado como ato obsceno. O crime é punido com detenção de três meses a um ano, ou multa. O Ministério das Mulheres também repudiou o episódio. “Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero. Atitudes como a dos alunos de Medicina da Unisa jamais podem ser normalizadas – elas devem ser combatidas com o rigor da lei”, afirma publicação da pasta no X/Twitter.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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