Temer diz que “País não tinha coragem” de tratar certos temas antes dele

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2017 17h53 - Atualizado em 20/12/2017 20h31
EFE/Joédson Alves "O nosso governo se preocupa com a juventude", disse o peemedebista

Durante cerimônia pelo lançamento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que passará a ser implementada no ano que vem, o presidente Michel Temer voltou a elogiar o próprio governo dizendo que o “diálogo” é sua marca. “Todos os setores foram ouvidos” para se aprovar o texto final da Base, garantiu.

Ele disse ainda que teve “ousadia” e “coragem” de tocar determinadas pautas. “É impressionante como o País não tinha ousadia, não tinha coragem de levar adiante certos temas, talvez por vício de natureza eleitoral”, afirmou Temer. Ele criticou o que chama de “tentativa de agradar a todos e não desagradar ninguém” que marcaria as gestões anteriores.

O presidente afirmou que a Base Nacional é um tema discutido “há 20 anos”. “Nesse um ano e meio de governo nós desenterramos tantas coisas que estavam enterradas”, declarou o presidente. “Os governos não tinham a ousadia”, alfinetou o ex-vice de Dilma.

Para Temer a BNCC “é um marco da Educação” e “promove a igualdade de todos os alunos, seja na iniciativa pública, seja na privada”.

“O nosso governo se preocupa com a juventude”, disse o peemedebista. “Esse é um momento de modernização. Fizemos tantas reformas com o objetivo de trazer o Brasil para o século XXI”, gabou-se ainda.

Temer falou que tem “satisfação” “em presidir a República Federativa do Brasil em momento de grande modernização”. O presidente espera que a base ajude a “acabar com o analfabetismo no Brasil”.

Assista ao evento completo:

Base Nacional Comum Curricular

#EducaçãoéBase| O presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Educação, Mendonça Filho, homologam, #aovivo, em cerimônia no Palácio do Planalto, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Acompanhe!

Publicado por Ministério da Educação – MEC em Quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Igualdade de tratamento

Já o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmou que a nova Base não possui nenhuma “prisão à ideologia de gênero”. O ministro afirmou que o documento é “imperfeito”, mas buscou ser “a expressão da identidade de um Brasil amplo e vivo”.

“A base é plural, respeita as diferenças, respeita os direitos humanos, não há nenhuma prisão à ideologia de gênero ou coisa parecida”, afirmou o ministro. “Não ficamos presos ao debate estéril que muitas vezes é tomado por ideologias radicais.”

Durante a elaboração do documento, em diferentes versões até a final aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), foram retiradas do texto citações a orientação sexual e questões de gênero.

O ministro também confirmou a liberação no orçamento de 2018 de R$ 100 milhões para, em parcerias com Estados e municípios, iniciar a implantação das diretrizes da nova BNCC.

Ele disse que o documento de orientação curricular válido para escolas públicas e privadas de ensino infantil e fundamental garante igualdade de objetivos no tratamento de crianças de todas as regiões do País e coloca o Brasil entre as principais nações do mundo.

Mudanças

No último dia 15, o CNE aprovou a BNCC, documento que vai determinar objetivos de aprendizagem para todos os anos do ensino infantil e do fundamental. O prazo para as escolas públicas e privadas se adaptarem à norma vai até o início de 2020. Mas o Ministério da Educação (MEC) já vai avaliar em 2019 os alunos pelo que estabelece a Base.

Esse tipo de documento, adotado em vários países, é considerado importante para melhorar a qualidade do ensino porque estabelece, em detalhes, quais habilidades e competências o aluno precisa dominar até o fim da etapa.

Em 2018, Estados, municípios e escolas particulares terão de adaptar seus currículos ao que pede a Base nas diversas áreas do conhecimento, como Matemática, Português e Geografia. Essa reformulação deve levar pelo menos um ano. Depois disso, ainda é preciso fazer a formação dos professores.

Conselho aprova Base Nacional Comum Curricular

Escolas serão avaliadas por nova base curricular já em 2019

Com informações de Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.