Teori nega recurso da Câmara para invalidação de provas contra Cunha
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, negou recurso da Câmara dos Deputados para invalidar provas recolhidas durante operação de busca e apreensão, em maio do ano passado, que teve como alvo o então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os elementos recolhidos no setor de informática da Câmara alimentaram o inquérito que transformou Cunha em réu na Operação Lava Jato, em março deste ano. A acusação é que o peemedebista recebeu propinas vindas do esquema envolvendo o contrato de aluguel de um navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui com a Petrobras.
No recurso, a Casa legislativa sustentava que a operação desrespeitava a “imunidade da sede da Câmara dos Deputados” e que não havia como “recolher documentos e dados da Casa sem a prévia autorização do Parlamento”. Por isso, pedia que fossem “desconsideradas as provas obtidas em diligência, realizada na sede da Câmara dos Deputados, no dia 4 de maio de 2015, por violação às prerrogativas institucionais da Câmara”
Teori negou o pedido e alegou, como um dos motivos, o fato de o recurso ter sido impetrado somente em agosto, três meses depois de as diligências serem cumpridas.
O Supremo decidiu, no início do mês, afastar Cunha do cargo de deputado e, consequentemente, da presidência da Câmara sob a alegação de que ele usava o posto para interferir nas investigações da Lava Jato. Além de réu em um processo no STF, o político responde a outros cinco inquéritos na Corte.
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