Empresário que estava jurado de morte pelo PCC é executado a tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos
Polícia suspeita que ataque foi uma emboscada planejada pela organização criminosa, já que Vinicius Lopes Gritzbach delatou esquemas envolvendo a facção
Um tiroteio ocorrido na tarde desta sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, deixou um homem morto e três pessoas feridas, gerando alarme entre passageiros e levantando questões sobre a segurança do local. O incidente, que ocorreu na entrada do Terminal 2, teve como vítima fatal o empresário Vinícius Lopes Gritzbach, ex-colaborador do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e delator de esquemas envolvendo a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a Polícia Militar e relatos de testemunhas, Gritzbach foi alvejado por tiros de fuzil disparados de um Gol preto. Imagens de celular registraram o momento de pânico, mostrando pessoas correndo e equipes de resgate atendendo as vítimas, incluindo seguranças do empresário que ficaram feridos. Gritzbach era figura conhecida nas investigações contra o PCC, especialmente após ter assinado um acordo de delação premiada em abril deste ano. Ele havia fornecido informações detalhadas sobre esquemas de lavagem de dinheiro e até denúncias de supostas ligações da facção com o setor esportivo. Segundo o MPSP, o empresário estava envolvido no mercado de criptomoedas e imóveis, movimentando milhões em operações suspeitas e entregando documentos, como contratos e conversas no WhatsApp, que reforçavam suas denúncias.
Fontes policiais indicam que o crime pode ter sido uma retaliação da facção, dada a influência de Gritzbach dentro do PCC, incluindo sua participação em “tribunais do crime”, eventos internos do grupo para deliberar sobre punições a membros desleais. O homem executado na tarde de hoje também havia denunciado, além dos esquemas internos do PCC, práticas de extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo. Como o ataque ocorreu na área externa do aeroporto, a investigação ficará a cargo da Polícia Civil, com o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e a Divisão Especial de Atendimento ao Turista (Deatur) responsáveis pelo caso.
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