‘Todos os corpos já foram retirados das ferragens’, diz capitão que atuou no acidente entre ônibus e caminhão

Motorista do caminhão foi socorrido com ferimentos leves; colisão aconteceu na manhã desta quarta-feira, 25, no km 172 da rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, e deixou pelo menos 41 vítimas

  • Por Jovem Pan
  • 25/11/2020 17h10 - Atualizado em 25/11/2020 17h11
ADEMILSON TICO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO acidente onibus caminhão Segundo o Corpo de Bombeiros, a pista já foi liberada

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Capitão André Elias, afirmou em entrevista ao programa Jovem Pan Agora que foram retirados das ferragens todos os corpos das vítimas envolvidas na colisão entre um ônibus e um caminhão, entre as cidades de Taguaí e Taquarituba, a 350 km da capital paulista. O acidente aconteceu na manhã desta quarta-feira, 25, no km 172 da rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, e pelo menos 41 pessoas morreram e 10 ficaram feridas. Segundo o capitão, a pista já foi liberada. “Fica nossas condolências e sentimentos a todos os familiares e amigos dessas vítimas”, afirmou. O motorista do ônibus morreu e o do caminhão foi socorrido com ferimentos leves.

Atuaram no local, ao todo, cinco viaturas e 19 membros do Corpo de Bombeiros de São Paulo, bem como da Polícia Militar, SAMU, ambulâncias municipais da região e a polícia científica. Uma força-tarefa foi montada com os IMLs  da região nas cidades de Avaré, Botucatu e Itapetininga para identificar e liberar os corpos das vítimas fatais o mais rápido possível. “Foi uma tragédia. Não lembro qual foi a última vez que o Corpo de Bombeiros atendeu a um acidente com tantas vítimas nesse local”, disse o capitão Elias. De acordo com ele, as causas ainda não foram esclarecidas, e a estrada é “bem pavimentada e bem sinalizada”. O porta-voz afirmou, ainda, que foi necessário contar com várias equipes pois foi uma “operação bastante delicada”. “São veículos pesados e ferragens pesadas. Nossas ferramentas são forçadas ao máximo e não conseguem fazer o trabalho de maneira eficiente. Tem que ir afastando as ferragens, usar os equipamentos elétricos, para que os corpos possam ser devolvidos aos familiares e ter o devido luto”, explicou.

Vítimas

Já o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse em entrevista ao Jornal Jovem Pan que está “otimista com a preservação da vida das pessoas que estão nos hospitais”. “Os pacientes do ônibus estavam em uma situação mais grave. Estamos fazendo uma força-tarefa com o IML porque as famílias estão todas preocupadas esperando por isso”, afirmou Vinholi. Em nota, o Governo de São Paulo informou que a equipe técnica do Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI), um programa da Secretaria da Justiça e Cidadania, prestará atendimento psicológico e social aos familiares das vítimas. Os profissionais farão plantões no Instituto Médico Legal (IML) de Avaré para acolher as famílias e, posteriormente, encaminhá-las para a rede de serviço municipal. Os plantões de atendimentos do Cravi se estenderão durante o tempo que for necessário. O coordenador do CRAVI, Bruno Fedri, entrou em contato com o coordenador da Defesa Civil do Estado de São Paulo, Walter Nyakas Jr., com o secretário de Saúde do Município de Itai, Luis Gustavo, e com o diretor do IML de Avaré, dr. José Carlos, para estabelecer o fluxo de atendimento com a rede do município.

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