TSE agenda depoimento de testemunhas em processo da chapa Dilma/Temer

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/11/2016 13h32
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Wikimedia Commons Prédio do Tribunal Superior Eleitoral - TSE

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, relator do processo que pode levar à cassação da chapa vitoriosa de Dilma Rousseff e Michel Temer nas eleições de 2014, agendou depoimentos da defesa de Dilma para a próxima semana. 

No dia 7 de novembro, às 11 horas, na sede do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, estão previstos os depoimentos de Edinho Silva, ex-tesoureiro da campanha de Dilma e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da petista; e de Paulo Fernando Paes Landim (PT-SP), vereador eleito de Araraquara (SP), que foi responsável por receber material preparado por gráficas contratadas pela campanha em 2014.

No dia 9 de novembro, às 19 horas, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, serão ouvidos Giles Azevedo e Sergei Suarez Dillon Soares, respectivamente ex-chefe de gabinete de Dilma e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O TSE também ouvirá funcionários que atuaram na campanha de Dilma em funções de apoio ao comitê financeiro, realizando auditoria nas gráficas contratadas e distribuindo material.

“As testemunhas de defesa vão confirmar a regularidade da campanha da chapa Dilma/Temer. Até o momento, as 25 testemunhas de acusação não trouxeram nada ao processo que mostrasse qualquer ilicitude na campanha de Dilma/Temer”, disse o advogado Flávio Caetano, coordenador da defesa de Dilma no âmbito eleitoral.

O ministro Herman Benjamin também determinou que os peritos judiciais se manifestem dentro de 48 horas sobre o laudo preparado pela defesa de Dilma, que apresenta resultados divergentes daqueles apontados pela perícia do TSE. A acusação também apresentou um laudo à Corte Eleitoral. 

No dia 13 de outubro, o ministro Herman Benjamin determinou a quebra do sigilo bancário das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB e de seus sócios.

O TSE também pediu ao Banco Central as informações bancárias e movimentações das empresas e de seus sócios ocorridas entre 1º de julho de 2014 e 30 de junho de 2015.

A perícia realizada por técnicos do TSE nessas gráficas afirmou não ser possível afastar “desvio de finalidade dos gastos eleitorais para outros fins que não o de campanha”. A colheita de provas foi feita no âmbito da ação proposta pelo PSDB que investiga se houve abuso de poder político e econômico pela campanha da chapa Dilma/Temer.

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