Vacina contra o sarampo será dada nas escolas na volta às aulas em SP

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2019 13h39 - Atualizado em 22/07/2019 13h42
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EFE/Fernando Bizerra Jr. Menino sendo vacinado cerca de 800 casos estão em investigação na capital, dos quais 363 foram confirmados; destes casos, 70 foram contraídos na própria cidade

A Prefeitura de São Paulo firmou um acordo com a Secretaria de Estado da Saúde na tentativa de conter o avanço do sarampo na cidade de São Paulo. A campanha de vacinação de jovens de 15 a 29 anos, público-alvo da ação, será realizada nas escolas estaduais na volta às aulas, no dia 31 de julho. Os batalhões da Polícia Militar também vão oferecer a vacina.

Uma campanha com o público-alvo, que tem menos chance de ter completado o esquema vacinal do sarampo, composto por duas doses, está sendo realizada desde 10 de junho. No entanto, apenas 6% dessa população se vacinou.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Rossieli Soares, uma campanha de conscientização será realizada com os alunos com mais de 15 anos nas escolas estaduais. Depois, será feita a ação de imunização.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) informou que ações para combater fake news relacionadas às vacinas e a capacitação de profissionais com foco na doença estão sendo realizadas.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a meta é vacinar aproximadamente 3 milhões de jovens e alertou que, ao contrário de uma gripe, o sarampo mata.

No comando da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Solange Maria Saboia e Silva disse que há cerca de 800 casos em investigação na capital, dos quais 363 foram confirmados. Destes casos, 70 foram contraídos na cidade. A circulação do vírus começou em fevereiro de 2019 a partir de casos importados de Israel, Malta e Noruega.

A vacinação já está ocorrendo em parques, no transporte público, em shoppings e também será levada para os batalhões da Polícia Militar.

Campanha

Na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou que o número de casos de sarampo chegou a 484 no Estado e que a capital era o local com a maior quantidade de registros.

Uma campanha de imunização, com foco nos jovens de 15 a 29 anos, está em andamento em São Paulo e em 14 cidades da Grande São Paulo: Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul, Barueri, Carapicuíba, Diadema, Mairiporã, Mauá, Santana de Parnaíba, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Taboão da Serra. A ação deve ser realizada até o dia 16 de agosto.

Ações de bloqueio

As ações de bloqueio, quando há casos suspeitos da doença e a população é vacinada, serão rígidas com estabelecimentos que se negarem a receber as equipes de vacinação. “Vamos fechar por 21 dias se não deixarem vacinar”, diz Aparecido.

Segundo ele, já ocorreu uma situação de uma empresa que se negou a realizar a imunização e, após saber que poderia ser fechada pelo período, permitiu a atuação dos agentes. Neste ano, foram realizadas 1.185 mobilizações dessa natureza.

Ainda de acordo com o secretário, condomínios e empresas que desejarem realizar campanhas de imunização podem acionar a secretaria e solicitar o trabalho das equipes.

A doença

O sarampo é uma doença grave e que pode levar à morte, mas pode ser evitada pela vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ela integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e é aplicada aos 12 meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela).

Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses do imunizante. Entre 30 e 59 anos, a pessoa deve ser vacinada uma vez. Para quem não sabe se já tomou o número adequado de doses da vacina, a orientação é se vacinar. Quem já teve sarampo não precisa se vacinar, pois já possui os anticorpos para que a doença seja evitada.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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