Veja como é o trabalho dos cães farejadores no litoral norte de São Paulo

Em entrevista ao Morning Show, responsável pelo canil da GCM afirmou que cachorros possuem dieta específica e escala de trabalho

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2023 14h52
Sérgio Barzagui/Governo do Estado de SP Cachorros da Polícia fazem buscas em área atingida na Vila Sahy Cachorros da Polícia fazem buscas em área atingida na Vila Sahy

Nesta sexta-feira, 24, o programa Morning Show, da Jovem Pan, conversou com Roberto Araújo Figueiredo, responsável pelo canil da Guarda Civil Metropolitana da capital paulista. Ele deu detalhes sobre como funciona o treinamento dos cães farejadores e a jornada específica para a cooperação nas buscas. “É um treinamento diário, cada cão com o seu condutor, cães de detecção e obediência. Em cada situação específica e apresentação de odor especifico, como entorpecentes, cadáveres e armas. Quando chega nesse cenário, o condutor apresenta odor e o cão já sabe o que ele tem que procurar. Treinamento todos os dias no canil da guarda civil metropolitana, com alimentação especial, para cães atletas”, explicou. Desde o início desta semana, os cães farejadores estão ajudando na procura de vítimas do desastre no litoral norte de São Paulo. A GCM soma esforços com cerca de 67 guardas de cidades do interior paulista, como Engenheiro Coelho e Paulínia. Segundo Figueiredo, o trabalho dos cães tem sido um diferencial para as buscas. Os animais encontraram nove corpos mortos.

A equipe de treinamento da Guarda Civil Metropolitana atua com diferentes tipos de cachorros, como o pastor alemão, holandês. Conforme dito pelo comandante, há também uma jornada com escalas para que os animais não se sobrecarreguem. “Infelizmente, de terça para cá, estamos nesse cenário, a situação é muito complicada para localizar pessoas vivas. Estamos trabalhando com um pastor belga, cão de faro, experiência e proteção. Estamos subindo com mais quatro cães, oito homens e uma viatura para dar continuidade para essas famílias e vítimas, com o objetivo de localizar essas pessoas que estão desaparecidas. Não temos previsão de saída daqui”, disse. “É muito barro, dificuldade até para os próprios cães chegarem nos locais, mas pode ter certeza que sem os cães farejadores aqui, dificilmente as pessoas seriam localizadas. Quando chegam no fronte, trabalham de 20 a 25 minutos. Há um revezamento, um descanso de uma hora e meia. Esse trabalho cansa muito o cão”, concluiu.

*Com informações de Daniel Lian

Confira na íntegra a entrevista com Roberto Araújo Figueiredo:

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