Vice-diretor vai substituir professor ausente na rede estadual de SP

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2019 12h15
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Paulo Liebert/Estadão Conteúdo Sala de aula em escola estadual Medida também vale para coordenadores e professores de "sala de leitura"

Os vice-diretores e os coordenadores de escolas estaduais de São Paulo vão ter que assumir turmas e dar aulas quando os professores titulares de qualquer disciplina faltarem. A determinação está prevista em resolução educacional publicada pela gestão do governador João Doria (PSDB) no Diário Oficial de sexta-feira (18).

Docentes que atuam em salas de leitura e com mediação de conflitos também serão chamados para substituir colegas ausentes nos colégios onde trabalham. A exceção, segundo a nova norma, é para a disciplina de Educação Física, que “exige habilitação específica”. A maior rede do País tem 189 mil professores – 30,2 mil temporários (16%).

O atual secretário estadual e ex-ministro da Educação, Rossieli Soares, afirmou em entrevista concedida nesta semana que pretende tratar da condição dos docentes. “O ideal é fixar o professor na escola, muitos deles estão em três, quatro escolas. Que qualidade de vida estamos dando para essa pessoa? Tem também salário, carreira, formação.”

Sindicatos

Para o presidente do Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo (Udemo), Chico Poli, o secretário acerta ao indicar que a prioridade da gestão é o aluno. Mas, segundo ele, há preocupação com a descontinuidade pedagógica. “Quem assume [as aulas], às vezes, não sabe em que ponto aquela turma está.”

Além disso, afirma Poli, muitas escolas não têm vice-diretores ou coordenadores. “O último levantamento, há três anos, fala em 700 escolas nessa situação. Ou seja, para essas escolas a medida não tem efeito prático. Para Maria Izabel Noronha, do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), “efetiva seria a contratação de mais profissionais”.

Justiça

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou liminar que barrava contratação de professores temporários na rede. O veto poderia levar à falta de docentes para cerca de 60 mil alunos já neste ano.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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