Vice-presidentes não afastados da Caixa passarão por avaliação técnica

  • Por Agência Brasil
  • 18/01/2018 07h40
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José Cruz/Agência Brasil O presidente Michel Temer determinou o afastamento de quatro dos 12 vice-presidentes da Caixa por recomendação do Ministério Público

Os oito vice-presidentes não afastados da Caixa Econômica Federal passarão por uma avaliação técnica, informou nesta quarta-feira (17) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, caberá ao Conselho de Administração do banco verificar o resultado e confirmar a permanência deles no cargo.

“A partir de agora, todos os vice-presidentes serão avaliados tecnicamente nos termos definidos pelo estatuto”, declarou o ministro a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda.

Na terça-feira (16), o presidente Michel Temer determinou o afastamento de quatro dos 12 vice-presidentes da Caixa por recomendação do Ministério Público Federal no Distrito Federal e do Banco Central. Os dois órgãos investigam suspeitas de corrupção na instituição financeira.

De acordo com Meirelles, a avaliação técnica ocorrerá numa etapa posterior à definição do futuro dos vice-presidentes afastados. Para ele, a aplicação do estatuto do banco para o preenchimento dos cargos melhorará a eficiência da instituição financeira.

“Essa [a manutenção dos vice-presidentes não afastados] é uma outra discussão que será objeto de avaliação no futuro. É importante definirmos prioridades. A questão número um do conselho é em relação aos quatro vice-presidentes que estão sujeitos a esse julgamento. Em um segundo lugar, a avaliação dos demais vice-presidentes. A estrutura [da Caixa] é sempre objeto de discussão para tornar a empresa cada diz mais eficiente”, declarou.

Meirelles reiterou que o governo está aplicando a Lei das Estatais, que define critérios técnicos para o preenchimento de cargos de direção nas empresas públicas. Para ele, a avaliação técnica não deve atrapalhar a votação de projetos de interesse do governo no Congresso. “A nova Lei das Estatais foi aprovada pelo Congresso Nacional. Não é isso?”, disse.

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