Wassef diz que escondeu Queiroz porque ele sofria ameaças de morte

Segundo ele, a família Bolsonaro seria responsabilizada pelo crime

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2020 09h23 - Atualizado em 26/06/2020 09h28
TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Frederick-Wassef O advogado se negou a dizer se manteve contato com o ex-assessor durante o período

O ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Frederick Wassef, afirmou que abrigou Fabrício Queiroz em sua residência em Atibaia, no interior de São Paulo, após receber informações de que o ex-assessor seria assassinado. A declaração aconteceu após o advogado ter afirmado que não sabia onde Queiroz estava.

Em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira (26), Wassef afirmou que tinha informações sobre um possível atentado contra Queiroz. Segundo ele, a família Bolsonaro seria responsabilizada pelo crime.

“Eu tinha a minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro. Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro”, disse o advogado, que considera ter salvado a vida do ex-assessor.

Wassef  ressaltou que a possível execução de Queiroz seria parte de uma fraude, comparando ao depoimento do porteiro do condomínio do presidente no caso Marielle. “Algo parecido com o que tentaram fazer no caso Marielle, com aquela história do porteiro que mentiu.”. Ele também afirma que omitiu do presidente e do senador Flávio Bolsonaro o paradeiro do ex-assessor.

Além do possível crime, Wassef também afirmou que ficou sensibilizado com o estado de saúde de Queiroz. Sem revelar se ofereceu ajuda ou se foi procurado, o advogado disse que “fez chegar ao conhecimento” do ex-assessor que estava disponibilizando três endereços para ele ficar: a casa de Atibaia, uma casa em São Paulo e outra no litoral.

O advogado se negou a dizer se manteve contato com o ex-assessor durante o período. Fabrício Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia, no interior de São Paulo. Ele é investigado por suposto esquema de “rachadinha”, desvios de recursos públicos, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

*Com informações do Estadão Conteúdo

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