Witzel ‘tinha o comando’ da estrutura que possibilitou fraudes, diz STJ
O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Benedito Gonçalves, afirmou, na decisão que autorizou a Operação Placebo da Polícia Federal, que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, “tinha o comando” da estrutura que deu suporte a fraudes na saúde do Estado. O governador foi alvo de ações de busca e apreensão da PF nesta terça-feira (26).
Segundo o ministro, os investigadores dizem que “WW mantinha o comando das ações (auxiliado por HW) tendo seu secretário ES delegado funções a GN, criando-se a estrutura hierárquica que deu suporte aos contratos supostamente fraudulentos”. No caso, WW se refere ao governador, HW a sua esposa, Helena Witzel, ES ao ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, e GN Gabriell Neves – ex-subsecretário de Saúde que foi preso no início do mês.
De acordo com o que consta na decisão do ministro, “a medida cautelar de busca e apreensão se faz necessária no caso em análise uma vez que a diligência poderá garantir a localização e apreensão de variada documentação (física e eletrônica) em poder dos investigados”.
Benedito Gonçalves diz ainda na decisão que “eventuais documentos comprobatórios das práticas ilícitas podem ser destruídos pelos investigados” o que justifica a necessidade de cumprir os mandados de busca e apreensão e ressalta que alguns dos investigados tem “conhecimento jurídico”. Possivelmente se referindo ao governador do Rio de Janeiro que é ex-juiz federal.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca na residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, em sua casa pessoal e no escritório onde trabalha a primeira-dama, Helena Witzel, que também é alvo da investigação.
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