Caixa volta a financiar 70% do valor total de imóveis usados
A Caixa aumentou o teto do financiamento de imóvel usado para 70% do valor total para tentar reaquecer o mercado imobiliário. Em maio do ano passado, o limite de empréstimo tinha sido reduzido de 80% para 50% do valor.
A mudança vale para imóveis com valor de até R$ 750 mil pelo Sistema de Financiamento Habitacional para o trabalhadores do setor privado. Para o setor público, a cota subiu de 60% para 80%.
Já aqueles do Sistema Financeiro Imobiliário que são os acima de R$ 750 mil em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal e R$ 650 mil no restante do país, o teto sobe de 40% para 60%.
A presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, destacou que as medidas tem o objetivo de crescer a demanda pelo crédito imobiliário. “A cota de financiamento do imóvel é um dos fatores que mais impactam a demanda por crédito imobiliário. Além disso, esta medida induz o mercado de novos, porque em geral, a compra do novo implica na venda do imóvel anterior que o cidadão já tinha”, disse.
Além do aumento da cota, a Caixa Econômica vai retomar o financiamento do segundo imóvel, medida que tinha sido suspensa em 2015.
O vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antônio de Souza, ressaltou que isso vai dar mais tempo para que o proprietário consiga se desfazer de um imóvel para comprar outro. “Isso é importantíssimo, porque muitos clientes querem comprar o imóvel novo e precisam vender o usado. E muitas vezes quem vende o novo, não quer receber o usado de entrada. Ele terá um tempo, ele pode financiar esse imóvel e esse segundo imóvel que está querendo e o outro que ele tem, pode aguardar e vender em condições melhores”, explicou.
A Caixa Econômica acredita que as mudanças poderão representar a venda de mais 64 mil unidades habitacionais em 2015. Por enquanto, não há mudanças previstas nas taxas de juros e isso vai depender do movimento do mercado, segundo a Caixa.
O banco anunciou hoje um lucro de R$ 7,2 bilhões em 2015, um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. Com o resultado, a instituição se manteve como a terceira maior do país no total de ativos.
*Informações do repórter Anderson Costa
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