Regulamentação da proposta da Lei de Zoneamento de São Paulo autoriza comércio em zonas residenciais e desagrada associações de moradores. O prefeito Fernando Haddad promete enviar à Câmara, esta semana, projeto de Uso e Ocupação do Solo para discussão dos vereadores. A proposta determina o que pode ser construído, o adensamento e a atividade de cada via da capital, com consequências diretas na vida do paulistano.
Em entrevista a Marcelo Mattos, o presidente da AME Jardins, Fernando José da Costa, critica a ampliação do comércio nos corredores residenciais. “Ela quer transformar o Jardins, que sempre foi uma zona exclusivamente residencial em uma zona predominantemente residencial, o que significa a palavra ‘predominantemente’? 50,1%? 60%? Ninguém sabe”, questiona.
A Prefeitura recebeu mais de 6 mil mudanças na Lei de Zoneamento, a maioria na Lapa e em Pinheiros.
O conflito de interesses é grande porque o uso da via e seu potencial construtivo podem rapidamente valorizar áreas atualmente degradadas. A proposta tem recebido críticas por tratar São Paulo de maneira homogênea, sob alegação de que a cidade deveria se adequar ao uso e não o contrário.