Cameron pede mais medidas contra Rússia por atuação “inaceitável” na Crimeia

  • Por Agencia EFE
  • 20/03/2014 13h43

Bruxelas, 20 mar (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pediu nesta quinta-feira mais medidas contra a Rússia pelo conflito da Crimeia, ao considerar que a atitude de Moscou é “inaceitável”.

“Este é um Conselho (o Europeu) importante, porque o que a Rússia fez é inaceitável e os países da União Europeia precisam falar com voz clara e única”, opinou Cameron em sua chegada à reunião de chefes de Estado e de governo europeus que acontece hoje e amanhã em Bruxelas.

“Isso significa o congelamento de mais ativos e estender a proibição de viagens, mais ações específicas a respeito do que aconteceu na Crimeia”, acrescentou.

A União Europeia decidiu há duas semanas suspender o diálogo com Moscou sobre a liberalização de vistos e a negociação de um novo acordo e, na segunda-feira, acordou congelar ativos e proibir viajar para território comunitário a 21 políticos e militares russos e ucranianos.

Após a assinatura da anexação da Crimeia por Moscou na terça-feira, os líderes europeus devem decidir se vão além em suas medidas restritivas para a Rússia com ações de calado econômico que afetariam à relação bilateral UE-Rússia.

Reino Unido, junto com a Suécia e os países europeus que fizeram parte da União Soviética, defendem dar uma resposta mais forte perante a Rússia, embora fontes diplomáticas tenham declarado nesta quarta-feira que não há uma “divisão radical” entre os 28 da UE.

Cameron indicou que durante o Conselho Europeu, os parceiros da União devem também fazer tudo que puderem “para ajudar a construir uma Ucrânia forte e democrática”.

Para isso, considerou que é necessário que durante a cúpula seja firmado “um novo acordo” com o país, “oferecendo-lhes um futuro próspero, acesso a nossos mercados e um apoio político real”.

“Isso é o que precisamos fazer”, ressaltou o primeiro-ministro do Reino Unido.

Amanhã, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, irá a Bruxelas para assinar os capítulos políticos do acordo de associação oferecido pela UE à Ucrânia, cuja rejeição do regime de Viktor Yanukovich em novembro suscitou os protestos pró-União Europeia e opositoras que o derrubaram. EFE

mtm/tr

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