Cameron rejeita cotas pra imigrantes e diz que R.Unido só aceitará refugiados

  • Por Agencia EFE
  • 04/09/2015 20h41

Madri, 4 set (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido rejeitou nesta sexta-feira o sistema de cotas para o amparo de imigrantes e afirmou que só receberá pessoas que estiverem em campos de refugiados, e não as que chegarem à Europa em uma viagem que põe suas vidas em risco.

Cameron analisou a crise dos refugiados durante uma reunião com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, no Palácio de Moncloa, sede do Executivo, em Madri.

Em entrevista coletiva, o chefe do governo britânico reiterou que trabalhará “com a cabeça e o coração” para enfrentar este problema, e que o Reino Unido será um “santuário” para os refugiados.

Mas esclareceu que só receberá os que estiverem em campos de refugiados por acreditar que dessa forma não encoraja as pessoas a fazerem viagens que provocam “tragédias terríveis”.

Cameron defendeu um trabalho conjunto com os países europeus para encontrarem uma solução global à crise, mas lembrou que o Reino Unido não faz parte do espaço Schengen e não vê com bons olhos o sistema de cotas.

O primeiro-ministro insistiu que seu país tem a responsabilidade moral de ajudar os refugiados e lembrou que já disse que vai ampliar o número de amparos em “vários milhares” a mais do que os previstos para as pessoas que estão em campos de refugiados.

“Trabalharemos com nossos parceiros sobre os detalhes”.

Cameron não quis apresentar um número que indique quantas pessoas o Reino Unido abrigará, porque disse não haver nenhum que acabe com a crise existente e que o necessário é uma solução conjunta.

Segundo ele o Reino Unido é o único grande país do mundo que cumpriu o compromisso de destinar 0,7% de seu PIB a ajuda contra a pobreza, e lembrou que deve destinar mais de um bilhão de libras para a situação na Síria.

O primeiro-ministro considerou fundamental que haja distinção entre refugiados e imigrantes ilegais, defendeu dobrar os esforços contra as máfias e apoiou a atuação internacional contra o Estado Islâmico na Síria. EFE

bb/dc

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