Campanha de Aécio exige que governo peça explicações a embaixador boliviano

  • Por Agencia EFE
  • 25/09/2014 22h03
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Rio de Janeiro, 25 set (EFE).- A campanha do candidato à presidência Aécio Neves, do PSDB, exigiu nesta quinta-feira, através de nota oficial, que o governo brasileiro solicite explicações sobre as declarações do embaixador boliviano em Brasília em relação à Petrobras.

O Coordenador da área externa da campanha do candidato tucano, Rubens Barbosa, exigiu que o governo brasileiro peça explicações ao embaixador Jerjes Justiniano pelo que disse em uma entrevista concedida ao jornal “Valor Econômico”.

“É inaceitável que o embaixador boliviano Jerjes Justiniano interfira em assuntos internos brasileiros e ataque nossa maior estatal dizendo que ela é uma multinacional com capital norte-americano”, disse Barbosa no comunicado.

Na entrevista, o embaixador comentou que “a Petrobras é uma empresa privada e não tem nada a ver com o governo brasileiro” e assinalou que apenas 30% do capital da companhia está nas mãos do Estado e que o restante pertence a investidores, inclusive americanos.

A Petrobras é uma empresa de economia mista e seu acionista majoritário é o governo brasileiro, dono de 28,7% de seu capital social, enquanto o restante está nas mãos de outros acionistas públicos e privados, alguns estrangeiros, e suas ações são cotadas nas bolsas de São Paulo, Nova York, Buenos Aires e Madri.

O comunicado da campanha do candidato do PSDB também considera inaceitável a afirmação do embaixador boliviano de que vai trabalhar para que um futuro contrato binacional de fornecimento de gás seja “mais favorável à Bolívia” do que o atual, que expira em 2019.

A exportação de gás natural é a principal fonte de divisas para a Bolívia e o Brasil é seu maior comprador, graças a um gasoduto que liga o país andino com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A nota da campanha de Aécio afirmou que o candidato, se vencer as eleições, “vai preservar de maneira decisiva os interesses nacionais nas negociações com os países vizinhos e buscará fortalecer cada vez mais a posição internacional da Petrobras”. EFE

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