O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, disse, nesta terça-feira (5), que a instituição financeira tem um plano claro para ajudar a sustentar a economia do Reino Unido que está em execução e dando resultados.
Mais cedo, o Comitê de Política Financeira do BoE reduziu as exigências de capital para bancos britânicos em 5,7 bilhões de libras (US$ 7,6 bilhões), numa iniciativa que deverá permitir ao mercado interno do Reino Unido elevar os empréstimos em 150 bilhões de libras (US$ 199 bilhões) a empresas e famílias.
Na semana passada, Carney sugeriu que o BoE poderia tomar medidas de estímulos após o choque com a votação a favor da retirada da Grã-Bretanha da União Europeia, em plebiscito realizado no último dia 23 de junho.
Carney afirmou que tomará “qualquer ação necessária” para garantir a estabilidade, o que abre o caminho para futuros cortes de juros ou ampliação de compras de ativos pelo BoE. Segundo o gestor, os sinais, desde a vitória do chamado “Brexit”, são “consistentes com expectativas de desaceleração” da economia britânica.
Carney, no entanto, avaliou que taxas de juros negativas poderiam ter “consequências contraproducentes”. Atualmente, a taxa básica do Banco estatal está na mínima histórica de 0,5%.
Sobre a libra esterlina, Carney afirmou que a desvalorização recente da moeda, que atingiu os menores níveis em mais de três décadas frente ao dólar, foi necessária para sustentar “os ajustes econômicos necessários.