Chancelaria israelense elabora plano para desdobramento internacional em Gaza

  • Por Agencia EFE
  • 07/09/2014 04h25
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Jerusalém, 7 set (EFE).- O Ministerio das Relações Exteriores de Israel elaborou um plano que foi apresentado ao gabinete para seu estudo e inclui o desdobramento de uma força internacional na Faixa de Gaza para supervisionar sua reconstrução e impedir o rearmamento do Hamas.

Assim informa neste domingo o jornal “Haaretz”, ressaltando que a Chancelaria considera que tal desdobramento, que poderia incluir forças europeias, poderia servir aos interesses de Israel se desenvolver com efetividade seu trabalho em matéria de segurança.

O meio dá conta de um documento de duas páginas intitulado “Princípios e Parâmetros do Desdobramento de uma Força Internacional em Gaza”, que teria sido entregue aos ministros do governo dias antes de terminar o conflito na Faixa palestina.

Até o momento, o Executivo não se reuniu para analisar a minuta, em cuja elaboração interveio uma equipe integrada por dez pessoas, segundo o jornal.

As ideias contidas no mesmo foram formuladas de acordo com propostas transferidas durante a guerra em Gaza por Alemanha, Reino Unido e França, entre outros atores comunitários, que sugeriram o estabelecimento de uma força internacional de observação na Faixa, com base em uma similar desdobrada na terminal de Rafah entre 2005 e 2007.

A minuta apresenta quatro alternativas: Uma força da União Europeia (UE); um destacamento de países ocidentais além de europeus, que inclua a participação dos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia; uma força da ONU ou uma da Otan.

Exteriores recomendou a primeira opção ao considerar que é a mais plausível à luz que os europeus mostraram sua disposição em princípio.

Entre sua missão, se incluem trabalhos de reabilitação, desarmamento, observação e informação em cruzamentos de fronteira de Gaza, assim como impedir a entrada de armamento e confiscar armas e materiais proibidos.

O texto menciona, além disso, poder no âmbito da ajuda humanitária e reabilitação e inspeção de infraestruturas da ONU e colégios para garantir que não se esconde ali armamento.

Se recomenda que o desdobramento da força seja na parte palestina de Rafah – no sul da Faixa – e ao longo da fronteira com o Egito, assim como em instalações da ONU.

E sobre seu mandato e marco legal, Exteriores aconselha que sua criação se faça dentro de uma resolução do Conselho de Segurança, ou mediante um acordo entre Israel, a Autoridade Nacional Palestina (ANP), Egito, EUA e UE, e conte com o respaldo de uma resolução da ONU.

O prazo recomendado da missão seria de um ano com opção de se estender outro adicional, e assinala como precedente a seguir à Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (Finul), o que significa que todos os atores envolvidos, Israel, os palestinos e Egito, deveriam estar de acordo com seu desdobramento. EFE

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