Chanceler venezuelana se reúne com conselheiro dos EUA em Caracas

  • Por Agencia EFE
  • 08/04/2015 19h12

Caracas, 8 abr (EFE).- A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, teve nesta quarta-feira uma reunião em Caracas com o conselheiro do Departamento de Estado dos EUA, Thomas Shannon, que trouxe “uma mensagem” do governo americano, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Essa foi confirmação oficial venezuelana da presença de Shannon em Caracas, que tinha sido confirmada previamente à Agência Efe por fontes diplomáticas dos Estados Unidos em Washington.

“Ao término do encontro com o conselheiro americano, que trouxe uma mensagem de seu governo, a ministra das Relações Exteriores ratificou a exigência de revogação da ordem executiva assinada pelo presidente Barack Obama em 9 de março”, assinalou o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em comunicado publicado em seu site.

O breve comunicado não mencionou se Shannon se reunirá com o presidente Nicolás Maduro, o que, de acordo com as fontes em Washington, é o objetivo de uma viagem que se deveu a um convite que partiu da Venezuela.

“O governo venezuelano convidou recentemente o governo americano a enviar um funcionário de alta categoria a Caracas para se reunir com o presidente Maduro antes da Cúpula das Américas”, explicou à Efe uma fonte do Departamento de Estado que pediu anonimato.

Shannon “chegou dia 7 de abril em Caracas e voltará a Washington dia 9 de abril”, disseram as fontes em Washington.

Nesta terça-feira, antes de saber da viagem de Shannon, fontes da Casa Branca garantiram que os Estados Unidos não consideram a Venezuela uma “ameaça” para sua segurança, em uma aparente tentativa de diminuir as tensões bilaterais para impedir que ofusquem a Cúpula das Américas, que acontece no Panamá dias 10 e 11.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, “cumprimentou” estas declarações dos assessores do líder americano, que qualificou de “interessantes”, durante uma transmissão televisiva.

“Eu saúdo estas declarações que foram feitas por dois assessores do presidente Obama”, afirmou.

As relações entre Caracas e Washington estão ruins há anos, mas a assinatura por Obama de uma ordem executiva em 9 de março qualificando a situação interna da Venezuela como uma “ameaça extraordinária e incomum à segurança americana” e a aplicação de mais sanções a altos cargos do governo venezuelano azedou ainda mais a situação.

A maioria dos governos latino-americanos se manifestou contra as sanções e os aliados da Venezuela anteciparam que defenderão o governo venezuelano na Cúpula. EFE

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