Choques entre trabalhadores em greve e polícia no Peru deixam 1 morto

  • Por Agencia EFE
  • 11/08/2015 15h17
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Lima, 11 ago (EFE).- Pelo menos uma pessoa morreu e outras 22 ficaram feridas durante os enfrentamentos ocorridos nesta terça-feira entre manifestantes em greve e policiais na cidade mineira de La Oroya, no centro do Peru, informaram fontes oficiais.

O Gerente da Rede de Saúde da região de Junín, Martín Álvaro, confirmou ao “Canal N” que ao hospital de La Oroya foi transferida uma pessoa que já estava morta, identificada como Edward Soto de la Cruz, de 41 anos.

“Chegou aqui um corpo já morto, aparentemente por um ferimento a bala, mas será o Ministério Público que dará o relatório de autópsias de lei”, indicou.

Álvaro acrescentou que o morto tinha “um ferimento no peito” e acrescentou que também foram atendidas outras 22 pessoas com golpes e ferimentos causados por armas cortantes e golpes, resultado do protesto em exigência pela situação de trabalhadores mineiros depois que fracassou o leilão de um complexo metalúrgico e de uma mina de cobre da empresa Doe Run, de capitais norte-americanos.

O gerente indicou que sete feridos “provavelmente serão operados” nas próximas horas.

Os enfrentamentos em La Oroya, cerca de 185 quilômetros de Lima, começaram quando a polícia tentou desbloquear a Estrada Central, que foi interditada durante o início de uma paralisação indefinida.

Os habitantes de La Oroya começaram sua paralisação perante o fracasso da licitação dos ativos da empresa Doe Run Peru, que compreende o complexo metalúrgico nessa cidade e a mina Cobriza, na vizinha região de Huancavelica.

Por esse motivo, exigem das autoridades que emitam um decreto de urgência que assegure a proteção laboral dos trabalhadores mineiros e que declare a cidade em situação de emergência.

Doe Run, empresa do magnata americano Ira Rennert, paralisou suas operações em 2009 dizendo não ter suficientes recursos e enquanto era acusada pelas autoridades peruanas de descumprir com seus compromissos ambientais.

Em abril de 2012, a mineira foi declarada por seus credores em processo de “liquidação em andamento”, perante a impossibilidade de aprovar o plano de reestruturação que apresentou para voltar a operar no complexo metalúrgico de La Oroya.

A Corte Superior de Justiça de Lima determinou em agosto do ano passado que a empresa devia pagar ao Estado peruano US$ 163 milhões por não ter construído uma fábrica de ácido sulfúrico e o circuito de cobre no complexo metalúrgico de La Oroya. EFE

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