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Cidadãos de todo o mundo se manifestam amanhã contra testes nucleares

Redação Central, 28 ago (EFE).- Cidadãos de todo o mundo foram convocados para este sábado a guardar um minuto de silêncio em rejeição aos testes nucleares, atividade promovida pela organização Projeto Átomo por causa do Dia Internacional Contra os Testes Nucleares.

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“Este momento significa que o bom senso se impõe sobre o medo e que caminhemos rumo a um mundo livre de armas nucleares”, disse em comunicado o embaixador honorário deste projeto, o pintor cazaque e ativista antinuclear Karipbek Kuyukov.

Kuyukov, que não tem braços como efeito dos testes nucleares realizadas pela antiga União Soviética (URSS), explicou que se escolheu o horário 11h05 para a manifestação porque, nessa posição, “os ponteiros do relógio marcam o V de vitória”.

Kuyukov nasceu perto de Semipalatinsk (atual Semey), no leste do Cazaquistão, onde a antiga URSS testou mais de 450 armas nucleares entre 1949 e 1991.

Semey é hoje uma das regiões mais afetadas pela radiação no mundo.

O Projeto Átomo, junto com a Federação de Veteranos de Judô, vai se manifestar amanhã em frente ao Palácio dos Esportes ALAU de Astana.

Os manifestantes soltarão pombas brancas e bolas de gás para lembrar as vítimas das explosões nucleares e guardará um minuto de silêncio às 11h05, hora local.

O Cazaquistão foi declarado região livre de armas nucleares por seu presidente, Nursultan Nazarbayev, após a independência em 1991 da URSS.

Uma década mais tarde foi iniciado o Projeto Átomo com a finalidade de conscientizar a comunidade internacional contra as armas e os testes nucleares, e conseguir a abolição do armamento atômico.

Desde sua fundação em 2012, mais de 200 mil pessoas de cem países assinaram um pedido para eliminar as armas nucleares.

O Projeto Átomo denunciou que Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Israel, Paquistão e Índia realizaram testes nucleares no século XX para melhorar seu armamento nuclear.

A organização denunciou também que a Coreia do Norte violou recentemente as normas estabelecidas pelas Nações Unidas em relação ao armamento nuclear e realizou diversos testes.

Os cidadãos do Cazaquistão, por ocasião do 70º aniversário dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, lembraram em agosto passado os milhares de japoneses que morreram pela bomba atômica.

Japão e Cazaquistão presidirão a conferência para fazer cumprir o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares, que foi adotado em 1996 pela Assembleia Geral das Nações Unidas e foi assinado por 183 estados e ratificado por 164. EFE

mmo/ma

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