Após um longo período de queda generalizada, alguns setores da indústria de transformação começaram a mostrar crescimento na produção. De acordo com levantamento feito pela consultoria MacroSector, com base em dados do IBGE, apontaram que, no trimestre entre fevereiro e abril, cinco de 25 setores tiveram alguma reação positiva.
“O cenário mudou um pouco, houve um suspiro”, diz o sócio-diretor da consultoria Fabio Silveira. Entre esse bimestre, a produção da indústrial de transformação caiu 8,7% em relação a igual período do ano passado. Uma queda menos acentuada do que a registrada no trimestre anterior.
Entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, a mesma produção tinha caído quase 13% em bases anuais, “estamos falando de 25 setores e 5 mostram alguma reação positiva. Quatro meses atrás os 25 estavam afundando”, analisa Silveira.
Entre os segmentos que tiveram alguma reação, o estudo aponta a produção de alimentos, que cresceu 4% de fevereiro até abril na comparação anual, ante queda em 1% de novembro a janeiro. O economista atribui o aumento ao avanço das exportações, puxadas pelos segmentos de carnes e de óleos e gorduras.
Além dos alimentos, a produção de bebidas não alcoólicas cresceu 5%. Celulose, papel e remédios, com taxas de expansão de 18% e de 5% no último trimestre, respectivamente, engrossam a lista dos setores que exibem resultados positivos. O quinto setor é o de produtos de madeira, sem incluir a confecção de móveis.
Apesar da reação, o analista pondera que não se trata ainda de uma recuperação segura e sustentável. Na sua avaliação, a recuperação econômica será lenta e demorada.