CNI pede que próximo presidente realize reforma tributária
Brasília, 28 jul (EFE).- A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou nesta segunda-feira um documento com pedidos para os principais candidatos à presidência, no qual exigiu urgência” para a realização de uma reforma tributária que reduza impostos e simplifique a arrecadação.
Na quarta-feira, a CNI receberá separadamente a presidente Dilma Rousseff e os outros dois candidatos ao Planalto, Aécio Neves e Eduardo Campos.
No texto, o setor industrial enumera uma série de ações que consideram urgentes para quem vencer as eleições de 5 de outubro e que abrangem questões como educação, relações trabalhistas, infraestrutura, financiamento, segurança jurídica e, sobretudo, setor tributário.
O documento sustenta que a atual carga tributária, que no Brasil é equivalente a cerca de 38% do Produto Interno Bruto (PIB), é um dos fatores que reduzem o crescimento e o desenvolvimento do setor industrial, um dos “motores” da economia do país.
A CNI propõe uma “modernização” de toda a atual estrutura tributária, que acabe com a “acumulação” de impostos cobrados em nível estadual e nacional, e os unifique para baratear os custos tributários e simplificar a arrecadação.
Segundo cálculos da CNI, a atual forma de arrecadação encarece em média 10,6% todo projeto de investimento, por isso uma reforma tributária promoveria o desenvolvimento de novas iniciativas no setor privado.
“A tributação merece uma atenção especial” por parte dos candidatos à presidência, declarou o diretor de Políticas e Estratégias da CNI, José Augusto Coelho, ao apresentar o documento.
Coelho explicou que a reforma não deve servir só “para reduzir a carga”, mas também para corrigir as “distorções” do sistema atual e que deve ter como “grande objetivo estratégico eliminar” o acumulo de impostos.
De acordo com os industriais, o sistema tributário que impera no país constitui um freio para o crescimento econômico, que segundo cálculos da CNI será neste ano de 1%.
Essa projeção está alinhada com a dos analistas do sistema financeiro, que calculam que a economia crescerá 0,9% em 2014, enquanto o governo prevê uma expansão de 1,8%. EFE
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