Colômbia pede que cidadãos deportados da Venezuela sejam respeitados

  • Por Agencia EFE
  • 23/08/2015 18h59

Bogotá, 23 ago (EFE).- O governo da Colômbia pediu neste domingo que “seja respeitada a integridade e os direitos humanos” dos cidadãos do país “alvo de detenções, deportações e demais ações adiantadas” pela Venezuela no marco do estado de exceção decretado no estado de Táchira.

Além disso, o governo exigiu que antes de tomar medidas de deportação, “em cada caso seja analisada a situação familiar para garantir a união de pais e filhos”, segundo recolhe um comunicado da Chancelaria.

A Colômbia também insistiu em sua rejeição ao fechamento da fronteira entre ambos países que foi ordenada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após um ataque de supostos contrabandistas contra militares desse país que terminou com três uniformizados e um civil feridos.

Na opinião do governo colombiano, este fechamento “gera um problema social de grande dimensão” pela “quantidade de pessoas que vivem e transitam na zona legalmente”.

Além disso, lembraram que o fechamento causa danos econômicos em ambos países, acrescentou a informação.

“Devemos buscar mecanismos conjuntos para solucionar a problemática vivida na fronteira comum, mas minimizando o dano que esta medida produz para os homens mulheres e crianças dos dois países que vivem, trabalham e estudam na zona fronteiriça”, concluíram.

No comunicado, o governo também mostra sua preocupação com o fato de “que pessoas mal-intencionadas” estejam fazendo circular em redes sociais imagens e vídeos de situações que são apresentadas em outros países como se tivessem ocorrido na fronteira colombo-venezuelana.

Essa atitude procura “aumentar a tensão que já existe na zona” e somente “gera sentimentos negativos entre os dois países que buscam avançar através do diálogo e do trabalho conjunto”, destacaram.

Após o fechamento da fronteira, Maduro decretou o estado de exceção no estado de Táchira por 60 dias prorrogáveis e fechou “até novo aviso” todas as passagens fronteiriças com a Colômbia nessa região.

Desde então, a Venezuela deportou centenas de colombianos imigrantes ilegais e capturou outros oito que estão acusados de ser paramilitares.

No sábado, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que o fechamento indefinido da fronteira beneficia os criminosos, e destacou que tratará de falar com Maduro para solucionar o mais rápido possível essa situação.

Na próxima quarta-feira, as chanceleres da Colômbia, María Ángela Holguín, e Venezuela, Delcy Rodríguez, se reunirão para tratar a situação. EFE

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