Com crise, é preciso dinamizar economia, diz vice-presidente de Governo da Caixa
Apesar de enfrentar problemas de funding, a Caixa Econômica Federal manterá seu foco em crédito à habitação para, principalmente, as pessoas de baixa renda, de acordo com Paulo Galli, vice-presidente de Governo do banco público. “Estamos diante de uma crise política e econômica no País e a economia precisa ser dinamizada. O mercado imobiliário é indutor de melhoras na atividade econômica”, ponderou, em discurso, durante a abertura do 12º Feirão Caixa da Casa Própria, em São Paulo.
Em outros momentos, de acordo com Galli, o setor da construção civil puxou o crescimento do Brasil, o que deve ocorrer novamente. “A Caixa não será diferente. Continuará trabalhando para viabilizar a habitação, principalmente à baixa renda”.
O executivo lembrou ainda que a população brasileira, com seus mais de 200 milhões de habitantes, é muito grande. Segundo ele, quando o País conseguir retomar a trajetória de expansão terá capacidade não só de “alcançar o crescimento” bem como de “gerar os empregos necessários”. “Não podemos baixar a cabeça. O setor de construção civil é um motor para retomarmos o crescimento”, reforçou.
Pela primeira vez nos últimos anos, o presidente da Caixa em exercício não compareceu à abertura do feirão de São Paulo, um dos mais importantes. Havia a expectativa de que o novo presidente do banco público, Gilberto Occhi, comparecesse.
Seria a primeira aparição em um evento relevante da instituição desde que tomou posse, na última quarta-feira (1). Em seu lugar, veio Galli. Com sua ausência, nenhum presidente de entidade ou do setor, nem mesmo do próprio banco Pan (ex-Panamericano), do qual a Caixa é sócia, compareceram à solenidade, como de costume
De acordo com Galli, Occhi “gostaria” de comparecer à abertura do feirão, mas não pode estar, uma vez que assumiu o posto muito recentemente. O executivo deixou o local sem falar com a imprensa.
Em São Paulo, serão ofertados, conforme o superintendente paulista, Julio César Volpi Sierra, 75 mil imóveis. São unidades novas, usadas e também na planta.
No ano passado, a Caixa registrou R$ 11,05 bilhões em negócios no Feirão da Casa Própria, montante 29,2% menor que os R$ 15,6 bilhões de 2014. Não foram divulgadas expectativas para o desempenho da edição deste ano.
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