Com quedas em mercados emergentes, Volkswagen lucra menos no 1º semestre
Arantxa Iñiguez.
Frankfurt (Alemanha), 29 jul (EFE).- A Volkswagen, que desbancou a Toyota como maior montadora do mundo, teve no primeiro semestre um lucro líquido em 5,663 bilhões de euros, 0,9% a menos que há um ano, um resultado influenciado pelas quedas nas vendas em mercados emergentes como Brasil, China e Rússia.
A companhia alemã divulgou nesta quarta-feira seus resultados nos primeiros três meses de 2015 e informou que o ganho operacional melhorou no mesmo período 10,3%, para 6,8 bilhões de euros, após as medidas de reestruturação adotadas na área de caminhões. O faturamento subiu entre janeiro e junho 10,1%, para 108,8 bilhões de euros, em parte devido aos efeitos positivos da desvalorização do euro.
O grupo Volkswagen, que tem a China como destino de um terço de suas vendas, manteve a rentabilidade operacional no primeiro semestre em 6,3%.
“Os resultados do primeiro semestre mostram que a Volkswagen se apresentou muito bem também em um entorno de mercado cada vez mais difícil e que tem uma plataforma de modelos convincente”, disse o presidente da companhia, Martin Winterkorn, ao apresentar os resultados.
“Observamos atentamente a evolução da economia mundial, sobretudo, em relação às incertezas nos mercados de China, Brasil e Rússia”, afirmou.
“Os desafios estão no difícil entorno de mercado, a intensa concorrência, assim como na volatilidade nas taxas de juros e taxas de câmbio e as oscilações nos preços das matérias-primas”, explicou, por sua vez, o diretor de Finanças da Volkswagen, Hans Dieter Pötsch.
A montadora vendeu no primeiro semestre 5,039 milhões de automóveis, 0,5% a menos que nos mesmos meses de 2014 e se tornou a líder mundial, ultrapassando a Toyota, embora mais pelo enfraquecimento da concorrente japonesa do que por sua própria estratégia.
A companhia alemã revisou para baixo suas previsões de vendas e só prevê mantê-las no nível de 2014.
A Volkswagen ainda previa no final de abril superar o volume do ano passado de forma moderada, mas a queda das vendas na China, após cinco anos e meio de crescimento ininterrupto, a obrigou a revisar estas previsões.
A montadora sofreu queda no lucro líquido no segundo trimestre de 15,9%, para 2,731 bilhões de euros. As entregas na China caíram na China 3,9% até junho, e foram de 1.739.904 unidades, e no Brasil diminuíram 26,1%, para 193.934 unidades.
A marca alemã reduziu as entregas entre janeiro e junho em 3,9%, para 2.945.709 unidades, mas o lucro operacional aumentou para 1,4 bilhão de euros pelos efeitos positivos da taxa de câmbio e medidas de poupança. EFE
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