Combates no leste da Ucrânia matam dois militares ucranianos
Kiev, 4 fev (EFE).- Pelo menos dois militares ucranianos morreram e outros 18 ficaram feridos nas últims 24 horas em combates com os separatistas pro-Rússia no leste da Ucrânia, informou nesta quarta-feira o comando militar ucraniano.
“A Ucrânia sofreu a perda de dois militares. Outros 18 soldados ficaram feridos”, disse em entrevista coletiva o porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, Vladislav Selezniov, ao oferecer o boletim diário de baixas.
Selezniov acrescentou que hoje nos hospitais do país se encontram internados 458 militares feridos e que outros 25 recebem tratamento médico no exterior.
O comando da campanha contra os separatistas informou, por sua vez, que as milícias pró-russas lançaram ontem à noite um ataque na estratégica praça de Debaltsevo que se prolongou até esta madrugada e que foi rejeitado pela forças ucranianas.
Segundo o Estado-Maior do Exército ucraniano, junto a Debaltsevo, importante nó ferroviário e ponto estratégico pelo qual passa a estrada que une as cidades de Donetsk e Lugansk -ambas controladas pelos separatistas- as milícias pró-russas concentraram ao redor de três mil combatentes.
A queda de Debaltsevo em mãos das milícias permitiria unir forças e conformar uma linha de frente contínua, com o qual de fato conseguiriam retroceder a situação em meados do ano passado, quando começava o conflito.
De acordo com o boletim ucraniano, ontem à noite os milicianos empregaram artilharia em 25 ocasiões contra as posições das forças governamentais.
“O maior número de bombardeios foi observado na região de Lugansk”, assinala o comunicado publicado no Facebook, que destaca que os separatistas, além de canhões, utilizaram plataformas de lançamento de foguetes e morteiros.
Os militares indicaram que nas ultimas 24 horas as forças ucranianas causaram às milícias separatistas um total de de 73 baixas: 18 mortos e 55 feridos.
Segundo a ONU, mais de 5,3 mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram no leste da Ucrânia desde a explosão do conflito, em abril do ano passado. EFE
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