Começa audiência que definirá futuro judicial de ex-presidente da Guatemala
Guatemala, 8 set (EFE).- A audiência que definirá se o ex-presidente da Guatemala Otto Pérez Molina (2012-2015) será ou não processado por suposto envolvimento em uma rede de corrupção aduaneira começou nesta terça-feira no país centro-americano.
Molina está detido desde quinta-feira por ordem do titular do Tribunal de Maior Risco B, Miguel Ángel Gálvez, que deu início à audiência nesta terça-feira às 9h local (12h, em Brasília).
O ex-presidente, que chegou uma hora e meia antes na Torre de Tribunais, compareceu na quinta-feira pela primeira vez perante Gálvez, após renunciar como presidente da Guatemala para enfrentar a Justiça pelo caso conhecido como “La Línea”.
O Ministério Público (MP) apresentou entre os dias 3 e 4 de setembro as primeiras evidências contra o ex-mandatário, acusado dos delitos de formação de quadrilha, caso especial de defraudação aduaneira e suborno passivo.
Molina negou qualquer vínculo com a rede de corrupção, que também obrigou a renúncia em maio da então vice-presidente Roxana Baldetti, que está detida e espera para saber se será acusada.
O advogado defensor de Molina, César Calderón, garantiu perante o juiz que o general reformado não recebeu dinheiro e nem esteve envolvido na suposta trama criminosa.
O MP e a Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), que participa do processo como querelante complementar, contam com mais de 89 mil escutas telefônicas e milhares de documentos que provam os crimes.
Molina cumpre prisão provisória desde quinta-feira em um quartel militar e nesta terça-feira o juiz decidirá se o acusa e dita uma prisão preventiva.
De acordo com a investigação das autoridades, a rede de corrupção operava na Superintendência de Administração Tributária (SAT) e ingressou mais de 1,5 mil contêineres de maneira ilegal ao país para cobrar os impostos dos importadores e fraudar o Estado. EFE
pp/ff
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.