Comerciante de armas nos EUA declara sua loja “zona livre de muçulmanos”

  • Por Agencia EFE
  • 21/07/2015 15h33

Miami, 21 jul (EFE).- O proprietário de uma loja de armas na cidade de Inverness, no litoral oeste da Flórida (EUA), postou em sua conta do Facebook um vídeo no qual declara seu estabelecimento “zona livre de muçulmanos”.

Andy Hallinan, proprietário da loja Flórida Gun Supply na citada população do condado de Citrus, aparece diante de uma bandeira confederada declarando sua loja “zona livre de muçulmanos”, em resposta ao atentado perpetrado por Mohammad Youssef Abdulazeen em Chattanooga (Tennessee), que deixou cinco mortos.

Representantes do Conselho de Relações Islâmico-Americanos pediram ao Departamento de Justiça dos EUA que investigue este incidente e a medida anunciada por Hallinan porque, na opinião desta organização, viola a lei de direitos civis federais.

O vídeo de Hallinan tem 4min59 de duração, foi postado no sábado passado e, até o momento, recebeu um total de 43.880 visitas.

“Devido ao último ataque de um extremista islâmico no Tennessee, realizamos mudanças extremas (…) para fazer dos Estados Unidos um lugar mais seguro”, diz Hallinan em sua conta do Facebook.

Hallinan, com os braços cruzados e boné, fala: “tenho a responsabilidade legal e moral de assegurar a segurança de todos os patriotas da minha comunidade”, por isso que, “com efeito imediato, declaro a Flórida Gun Supply zona livre de muçulmanos”.

“Não armarei e nem treinarei àqueles que desejam prejudicar meus companheiros patriotas”, destaca na controvertido vídeo.

O proprietário reconheceu que a medida será difícil de aplicar, mas manteve que esta decisão é encaminhada a “manter seus clientes e o país seguro”.

Nesse sentido, Hallinan não vai pedir a cada pessoa que entre na loja seu histórico religioso, porque “esse não é meu negócio”, segundo comentou ao canal de televisão local “WFLA”.

No entanto, Hallinan defendeu seu direito a se negar a vender armas a qualquer pessoa que ele estime que pode ser uma ameaça e apontou que Estados Unidos estão em “luta” contra o terrorismo.

“Os patriotas estão em uma batalha não só com os extremistas islamitas, mas também contra a extrema correção política que ameaça nossas vidas”.

“Nosso líderes te dizem que o islã é uma religião de paz cheia de tolerância, amor e esperança. Não acreditem em suas mentiras”, acrescentou no vídeo. EFE

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