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Comunidade internacional pede entendimento entre forças políticas na Líbia

Roma, 6 mar (EFE).- A comunidade internacional pediu nesta quinta-feira unanimemente um entendimento entre as diferentes forças políticas da Líbia para facilitar a transição no país após a queda do ditador Muammar Kadafi em 2011.

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Representantes de organizações internacionais e de 30 países – entre eles Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha, Espanha, Itália e Turquia – e enviados do próprio governo líbio se reuniram em Roma para a realização da Conferência Internacional sobre a Líbia.

É a primeira reunião internacional sobre o país norte-africano que contou com participação de Rússia e China, que não tinham participado de nenhum fórum até então.

O primeiro discurso foi do secretário-geral de Assuntos Políticos das Nações Unidas, Jeffrey Feltman, acompanhado do representante especial do secretário-geral da ONU para a Líbia, Tareq Mitri.

Durante sua participação, a ministra de Relações Exteriores da Itália, Federica Mogherini, afirmou que a Líbia “merece um futuro melhor e a comunidade internacional está preparada para fazer todo o possível pelo ressurgimento do país”.

Após a abertura pública do encontro, ele continuou de portas fechadas. Nele a comunidade internacional acordou por “unanimidade” que a solução passa pelo “entendimento político”, disse à imprensa os únicos representantes que fizeram declarações, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, junto com seu colega francês, Laurent Fabius.

“Em relação à solução para a Líbia há unanimidade e o primeiro é a política: o entendimento político entre as forças líbias. Se não houver entendimento, nada será possível. Se ouver, todo o resto, controle de fronteiras, segurança e desenvolvimento econômico, virão por consequência”, indicou o ministro.

A Conferência sobre a Líbia também serviu como palco para os ministros das Relações Exteriores e altos representantes dos países presentes discutissem a crise na Ucrânia, formal e informalmente.

A reunião mais destacada de todas foi entre o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para tentar acertar as posturas sobre a Ucrânia.

No entanto, Lavrov garantiu que não chegaram a “nenhum acordo com os Estados Unidos” sobre a situação da península autônoma ucraniana da Crimeia.

Kerry se reuniu também com seus colegas de Itália, França e Alemanha e com o vice-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, antes que do começo da conferência sobre a Líbia.

Sobre a possibilidade levantada pelo parlamento da Crimeia de se unir à Rússia, García-Margallo disse que tanto Espanha como a comunidade internacional consideram que essa declaração é “absolutamente contrária à Constituição ucraniana, que declara a Ucrânia um território indivisível e a pertinência da Crimeia com certa autonomia, mas dentro do conjunto do Estado”.

Até Roma viajou também o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, que se reuniu, também fora da conferência oficial, com Kerry, em companhia da chefe da diplomacia italiana.

A Conferência sobre a Líbia, que foi ofuscada pela crise da Ucrânia, foi encerrada pelo ministro das Relações Exteriores da Líbia, Mohammed Abdulaziz, e o representante especial do secretário-geral da ONU para esse país. EFE

rcg/cd

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