Conselho de Segurança exige que houthis deixem o poder no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 15/02/2015 22h10
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Nações Unidas, 15 fev (EFE).- O Conselho de Segurança (CS) da ONU exigiu neste domingo que os rebeldes houthis deixem o poder no Iêmen e negociem com as outras forças políticas uma saída para a crise no país, e advertiu que está disposto a tomar “medidas adicionais” se isso não ocorrer.

Em uma resolução aprovada por unanimidade, o principal órgão de decisão das Nações Unidas exigiu que os houthis, “de forma imediata e incondicional”, voltem à mesa de diálogo promovida pela ONU, retirem suas forças dos edifícios governamentais e libertem o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi e a outros líderes políticos que estão em prisão domiciliar.

Em caso de descumprimento, o texto ameaça com a imposição de “medidas adicionais” que poderiam ser sanções, mas não com base no capítulo 7 da Carta da ONU, que abre a porta para o uso da força, apesar dos pedidos do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).

Trata-se da primeira resolução aprovada pelo Conselho de Segurança desde que os milicianos rebeldes tomaram o controle do Iêmen e decretaram no último dia 6 a dissolução do parlamento e a formação de um Conselho Presidencial transitório.

No texto, os membros do CS condenam essas ações e defendem a volta ao roteiro estipulado sob mediação do CCG para a realização de uma transição democrática no país.

O Conselho de Segurança pede a todas as partes, especialmente aos houthis, que sigam em frente com esse processo e acabem com a violência, além de solicitar a todos os países que evitem qualquer tipo de interferência no conflito.

A resolução 2201 determina que a ONU está disposta a tomar medidas caso não ocorram avanços para a solução da crise. Em novembro do ano passado, o Conselho de Segurança já aprovou sanções contra o ex-presidente Ali Abdullah Saleh e dois líderes rebeldes houthis por ameaçarem a paz e a segurança e dificultarem a transição política.

Esta semana, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu que o Iêmen “está se afundando” diante dos olhos da comunidade internacional e pediu que ações fossem tomadas.

O Conselho de Segurança negociou nos últimos dias o texto aprovado hoje, redigido por Jordânia e Reino Unido, e convocou uma reunião de urgência para votá-lo neste domingo.

Estados Unidos, Espanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Holanda, União Europeia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, entre outros, fecharam suas embaixadas no Iêmen nos últimos dias devido à deterioração da situação política e de segurança no país. EFE

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